quarta-feira, 31 de julho de 2019

Moxabustão para aliviar a dor

A moxabustão é uma das técnicas da Medicina Tradicional Chinesa, que utiliza a moxa para o a estímulo de pontos de acupuntura, meridianos e tratamento de condições físicas.

Segundo os preceitos da Medicina Tradicional Chinesa a moxabustão é utilizada para fortalecer o Qi (energia) e movimentar o sangue, quando há estagnação, promovendo sensação de bem-estar e alivio de dores.

Essa técnica pode ser entendida como uma acupuntura térmica, onde há a aplicação de calor em áreas específicas do corpo promovendo relaxamento, diminuição da rigidez muscular, ativação da circulação local e também possui efeitos positivos no sistema imunológico do paciente.

A moxabustão é indicada para tratamento de diversas condições dentre elas: de dores musculares, dores nas costas, dores nos joelhos, relaxamento físico e mental, estresse, ansiedade, depressão, constipação, insônia, diarreia, problemas digestivos, resfriado, sinusite e problemas menstruais.

A moxa é feita a partir da combustão da erva Artemísia e pode ser utilizada em forma de bastão ou em lã. O bastão é acesso e o terapeuta deixa-o a cerca de um cm da pele do paciente obtendo o efeito terapêutico.

Essa aplicação não gera nenhum tipo de dor para o paciente e também não deixa marcas ou cicatrizes na pele, já que a moxa é mantida a distância.

Como temos a aplicação de calor no local, os pacientes relatam sensações agradáveis de relaxamento e também a diminuição da dor.

Pode-se fazer a aplicação em casos de dores crônicas como, por exemplo, artrite e artrose e também em casos agúdos como entorses e obter melhoras significativas da dor.

Existem casos onde a moxa é contraindicada, dentre eles: pessoas com febre; pessoas alcoolizadas; pessoas com queimaduras; pessoas com feridas abertas ou traumas recentes; mulheres grávidas e pessoas extremamente alérgicas a odores fortes. Para que o tratamento com a moxa tenha bons resultados é necessário procurar um acupunturista.

Fonte: http://www.itu.com.br/artigo/moxabustao-para-aliviar-a-dor-20160829

terça-feira, 30 de julho de 2019

Ventosaterapia é ofertada aos usuários da Rede Municipal de Saúde de João Pessoa

Abrir os poros e mobilizar a circulação sanguínea e linfática do corpo a fim de desintoxicar o organismo, reduzir dores, desconfortos e estresse. Isso é o que busca a ventosaterapia, técnica milenar que é ofertada gratuitamente pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa aos seus usuários. No tratamento são utilizadas taças de acrílico ou vidro para promover, a vácuo, a sucção da pele e dos músculos.

A fisioterapeuta Weruska Pessoa é uma das profissionais que atua no serviço na SMS. Segundo ela, os benefícios para quem faz o tratamento incluem o alívio de dores locais, interrompendo, inclusive, o uso contínuo de analgésicos e relaxantes musculares. Além disso, a ventosaterapia é uma prática terapêutica que também pode ajudar no tratamento de fadiga, enxaqueca e ansiedade.

“Durante a prática realizamos uma sucção na pele que promove um aumento da circulação sanguínea local, favorecendo a liberação de toxinas, liberação de músculos e fáscias musculares e, consequentemente, diminuição de tensões/rigidez musculares e dores na coluna ou outras articulações”, explica Weruska Pessoa.

Segundo a terapeuta, qualquer pessoa pode submeter-se à prática, com exceção daqueles que apresentarem lesões ou suturas na pele a ser aplicada.

“A frequência na aplicação das ventosas não segue uma regra, devendo respeitar a necessidade de cada caso. A ventosaterapia pode ser usada isoladamente, como também associada a outros tratamentos como a massagem, alongamentos, acupuntura, auricoloterapia e agulhamento a seco”, comenta.

A prática é ofertada nos três Centros de Práticas Integrativas e Complementares (Cpics) e nos grupos de convivência nas Unidades de Saúde da Família (USF). Para saber se o grupo da sua USF disponibiliza, basta questionar ao Gerente Saúde. Para ter acesso, o usuário pode ir diretamente ao serviço, sem ser necessário encaminhamento prévio.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Medicina chinesa trata endometriose com agulhas e aproxima mulheres do sonho da gravidez

Acupuntura tem se mostrado eficaz como mais uma alternativa de tratamento para a doença, considerada uma das principais causas de infertilidade na atualidade.

Resultado de desequilíbrios hormonais, fatores hereditários, disfunção do sistema imunológico entre outras possíveis causas, a endometriose é uma condição bastante comum entre as mulheres e pode ser a causa de infertilidade para cerca de 30 a 50% das pacientes. Com tratamentos considerados limitados dentro da medicina convencional, muitas pacientes têm recorrido à acupuntura, seja para controlar os sintomas ou mesmo para tentar realizar o sonho da maternidade.

Mas afinal, o que é a endometriose? Trata-se de uma localização anormal de tecido uterino fora do útero. É uma condição bastante comum e acredita-se uma das principais causas de infertilidade na atualidade. Segundo a médica Aniele Hayashi, os pacientes geralmente sofrem muito com opções bem limitadas de tratamento. “Os tratamentos da medicina convencional consistem em terapia hormonal ou cirurgia, mas estas opções são apenas temporárias, diminuem os sintomas e muito frequentemente causam efeitos colaterais significativos”.

Segundo a especialista, a medicina chinesa tem sido utilizada com sucesso em uma ampla gama de problemas de saúde das mulheres, incluindo a endometriose. “O tratamento com agulhas tem-se mostrado seguro e eficaz na gestão de endometriose, isso porque a acupuntura é resultado de milhares de anos de prática e estudos científicos modernos em termos de alívio da dor e no tratamento dos sintomas da doença em um nível mais profundo”, enfatiza.

Aniele Hayashi decidiu se especializar na área de fertilidade depois de sua experiência pessoal. Ela foi diagnosticada com endometriose severa quando morava fora do País e tentava engravidar. “Durante meus estudos encontrei vários profissionais em Londres especializados em acupuntura para fertilidade, tratamento que fui submetida para contornar a endometriose. Posteriormente, associado à fertilização in vitro, foi possível realizar o meu sonho e do meu marido de ter um filho, hoje com 4 anos”, revela a profissional.

Veja como a acupuntura pode ajudar

- Proporcionar alívio da dor: ao estimular os nervos localizados nos músculos e outros tecidos, a acupuntura conduz à liberação de endorfina e outros fatores neuro-humorais e muda a percepção da dor no cérebro e na medula espinhal;

- Reduzir a inflamação: atua promovendo o lançamento de fatores vasculares e imunomoduladores;

- Melhorar os sistemas imunológico e endócrino;

- Aliviar o estresse e perturbações no fluxo de energia do corpo, devolvendo o corpo para uma boa saúde;

- Aquece o útero, corrige ciclos irregulares, ajuda a ovulação e aumenta a fertilidade;

- Fortalecer e equilibrar a saúde geral, além de contribuir na eficácia da fertilização in vitro;

- Minimizando os efeitos colaterais indesejáveis e toxicidade acumulado de medicação e procedimentos invasivos.

Considerando que a endometriose tende a ser uma doença progressiva, o que significa que os sintomas normalmente pioram com o tempo, a acupuntura tem uma boa resposta por ter efeitos acumulativos no tratamento. “Para isso é importante a paciente se comprometer com um plano de tratamento, que irá permitir reequilibrar de maneira eficaz os sistemas do corpo. Seis meses ou mais de um tratamento coerente pode ser necessário, especialmente para a infertilidade devido à endometriose”, afirma a médica.

Fonte: https://www.folhavitoria.com.br/saude/noticia/04/2019/medicina-chinesa-trata-endometriose-com-agulhas-e-aproxima-mulheres-do-sonho-da-gravidez

terça-feira, 23 de julho de 2019

Alívio para corpo e mente, acupuntura é fornecida por rede pública

Desde 1989, a rede pública de saúde do Distrito Federal fornece acupunturistas à população. A técnica milenar chinesa trata e auxilia na cura de doenças e ainda equilibra o sistema imunológico

Há cinco mil anos, na China, o ser humano descobriu que o estímulo de meridianos e pontos do corpo poderia trazer imensuráveis benefícios à saúde. Redução de estresse, alívio nas dores, ajuda na superação de vícios e melhor recuperação de lesões são apenas alguns dos efeitos atribuídos à acupuntura. No Distrito Federal, a técnica oriental completa 30 anos na rede pública de saúde, totalizando mais de 30 mil atendimentos por ano. Quem adere à prática garante que ela significa uma mudança de vida.

“Há 20 anos, tive meu primeiro contato com a acupuntura. Ela me ajudou em problemas como dores no ombro e na lombar, além de equilibrar minha energia”, ressalta a podóloga Maria Francisca de Sousa Barros Pinto, 53 anos. Moradora da Vila Planalto, ela se apaixonou pela técnica oriental e garante que ela é essencial para aumentar a qualidade de vida. “A gente se sente mais leve, com a qualidade do sono melhorada e com mais disposição. Sempre que vejo que há necessidade, procuro fazer”, afirma.

Maria também destaca que já tratou questões emocionais por meio da acupuntura. “É recomendado que, primeiro, voltemos os olhos para as nossas emoções, porque elas acabam trazendo outros problemas de saúde. Tive muitas melhorias relacionadas à angústia e à ansiedade”, destaca. A podóloga ainda garante que os efeitos podem ser sentidos no primeiro tratamento, e que, posteriormente, eles se intensificam.

“Antigamente, tinha enxaquecas crônicas, hoje, tenho apenas alguns episódios”, conta a estudante Neila Valéria Silva, 36. Semanalmente, ela passa por sessões de acupuntura. Por meio de amigos, ela conheceu a técnica em 2016 e percebeu claramente a mudança. “É uma prática que levamos para a vida. Esta semana, estou tratando cólica menstrual, e me ajuda muito, inclusive a manter a minha rotina”, destaca.

Pesquisas

Apesar de existir há milênios, pesquisadores não param de descobrir benefícios da acupuntura. Este mês, estudiosos americanos da Mayo Clinic apresentaram estudo preliminar na 71ª Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia, na Filadélfia, nos Estados Unidos, indicando que a apneia do sono pode estar atrelada ao aumento do biomarcador de Alzheimer no cérebro. A acupuntura é muito indicada para tratar o transtorno e não apresenta qualquer efeito colateral ou invasivo, segundo o estudo.

Em Brasília, a acupuntura também é usada em unidades públicas de saúde para auxiliar no tratamento de câncer. Geralmente, a enfermidade causa dores aos pacientes, amenizadas com a técnica oriental. Em janeiro de 2018, o National Cancer Institute, nos Estados Unidos, divulgou pesquisa que explica que a prática consegue aliviar sintomas como náuseas, fadiga e xerostomia — causados pelo tratamento do câncer.

Em 2017, a especialista em acupuntura da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, Kamma Sundgaard Lund, também publicou estudo sobre acupuntura. De acordo com a pesquisadora, a técnica permite ainda tratar sintomas da menopausa. A estudiosa analisou 36 pacientes e constatou que foi possível diminuir ondas de calor, sintomas emocionais e de pele.

Debate

'Há 20 anos, tive meu primeiro contato com a acupuntura. Ela me ajudou em problemas como dores no ombro e na lombar, além de equilibrar minha energia,' Maria Francisca Pinto, podóloga(foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press ) Há uma polêmica entre os profissionais acupunturistas sobre quem pode exercer a profissão. O debate começou em 2002, quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) entrou com processo contra outros conselhos que permitem especialização. A entidade defende que as únicas áreas que podem exercer a prática, além da médica, são a odontologia e a medicina veterinária. Desde então, o processo tramitou em diferentes instâncias e está pendente de avaliação no Supremo Tribunal Federal (STF).

O coordenador de acupuntura da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e presidente Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, Fernando Genschow, defende que a técnica não deveria ter entrado no ramo dos negócios. Ele acusa os outros conselhos de terem se autorregulamentado. “Cada consultório médico é registrado e vigiado. Nesses outros, há falta de vigilância, que pode trazer inúmeros problemas aos pacientes”, aponta.

De acordo com Genschow, a acupuntura deve ser desenvolvida por médicos, porque apenas eles conseguem dar diagnósticos e conceder tratamento adequado aos pacientes. “Uma avaliação errada pode causar infecções, problemas nos nervos e até matar. Alguém sem a especialização médica não consegue constatar se o problema que a pessoa tem é relacionado a outra enfermidade; por isso, é tão perigoso”, frisa.

O diretor-geral da Escola Nacional de Acupuntura (ENAc), Ricardo Antunes, contesta essa posição. “Esse é um assunto amplo e não é uma questão de opinião. É um fato que a acupuntura é uma atividade livre em todo o território nacional, que não exige exclusividade. Ela é, sim, uma especialidade médica, como também em outras áreas”, pondera. Hoje, 12 conselhos, como os de enfermagem, farmácia e educação física, têm resoluções reconhecendo a técnica como especialização.

Ricardo explica que, além dos profissionais da saúde, interessados em ser acupunturistas devem procurar cursos específicos. “As pessoas podem fazer o curso de formação tradicional e exercer a profissão, após terminá-lo, apresentando toda a documentação, como diplomas e certificados”, explica. Para ele, o embate entre os conselhos ocorre porque o Estado brasileiro ainda não se dispôs a regulamentar a profissão.

Distribuição

No Distrito Federal, 18 especialistas são responsáveis pelo atendimento de acupuntura na rede pública de saúde. Eles ficam distribuídos em mais de 10 unidades, em diversas regiões administrativas.

Como funciona

Muitos imaginam que as agulhas sejam colocadas na pele, porém, ficam na profundidade enervada dos tecidos. Elas conseguem causar estímulos nos nervos, que são encaminhados ao sistema nervoso central, desencadeando o fenômeno chamado neuromodulação. Por isso, ocorre a normalização de funções sensoriais, motoras, imunológico e o controle de expressões emocionais.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Agulhada da beleza: acupuntura é aposta para prevenir e tratar rugas e até para emagrecer

Os benefícios da acupuntura para tratar as dores já são bem conhecidos. Porém, as agulhas, utilizadas há milhares de anos pelos chineses, também são dotadas de outros “poderes” e podem ser aplicadas na área da estética. Rugas, excesso de peso, cicatrizes e manchas, por exemplo, podem ser combatidos com a técnica. O método é considerado positivo tanto por quem aplica quanto por quem se submete ao procedimento.

É o caso da professora aposentada e artista plástica Cláudia Profeta, de 58 anos. Adepta da acupuntura há mais de 15 anos, ela buscou, em 2011, o recurso para atenuar rugas e manchas de pele no rosto.

“Depois para emagrecer e minimizar algumas cicatrizes”, conta a mulher que, semanalmente, passa pela terapia. “Os resultados são incríveis”, garante.

A acupunturista e nutricionista Rafaela Moreira explica que a estética começou a ser bem mais considerada pelas pessoas quando a saúde passou a ser compreendida como uma junção entre mente, corpo e espírito. “Principalmente por ter implicação emocional nas pessoas”, observa.

Comparada a outras técnicas, a acupuntura tem inúmeras vantagens, afirma a especialista. “Além de indolor, não necessita de tempo para recuperação, o custo é menor em relação a outros tratamentos, não tem efeitos colaterais e os resultados são rápidos”, enumera Rafaela Moreira.

Eficiência

Para o presidente do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA), em Minas Gerais, Hildebrando Sábato, apesar de o carro-chefe do procedimento ser o tratamento da dor, o recurso voltado para a estética tem eficácia semelhante.

“Quando a agulha é introduzida, um sinal é transmitido ao sistema nervoso central, partindo dali uma resposta até à área afetada, modulando o órgão, articulação ou músculo em disfunção”.

Entretanto, especialistas alertam para as contraindicações. Aprimorar a estética por meio de acupuntura não é recomendável para gestantes (por provocar contrações uterinas), cardiopatas e pacientes que fazem uso de medicamentos para controle de coagulação sanguínea. A acupunturista Rafaela Moreira acrescenta que até mesmo a falta de alimentação pode ser prejudicial.

Emoções

Janaína de Meira, de 30 anos, é uma das que seguem à risca as orientações. Grávida de sete meses, a auxiliar administrativa mal vê a hora de voltar a aplicar as agulhas. Para ela, a acupuntura serviu como uma forma de desapegar de sentimentos ruins e eliminar 20 quilos e algumas peças de roupas.

“Tive uma depressão muito forte há mais ou menos sete anos e, depois de ganhar muito peso, fui orientada a aderir ao método”, diz Janaína, que procurou a especialidade após um pedido da nutricionista.

Hoje, a auxiliar administrativa garante se sentir muito bem. “Sempre falo que a acupuntura me ajudou não somente na estética, mas emocionalmente, também. Tudo melhorou”, celebra.

Além disso

O tratamento das dores no corpo é o carro-chefe da acupuntura. Presidente do CMBA, Hildebrando Sábato explica que o método é capaz de curar e amenizar incômodos lombares, articulares, distúrbios menstruais e gastrites, por exemplo.

“A técnica exige conhecimentos básicos da área de saúde, por ser procedimento invasivo, atingir planos profundos e até órgãos, nervos e vasos sanguíneos importantes, além de exigir diagnóstico de doenças”, diz.

Depois de três anos sem contato com o procedimento, a relações públicas Nathalia Monteiro, de 40 anos, voltou a receber as agulhadas, em sessões semanais. “Faço como tratamento alternativo para fibromialgia. Não sou de remédios, e a acupuntura foi uma das indicações para aliviar as dores”, comenta.

Apesar de Nathalia procurar atendimento particular, a Secretaria de Saúde de Belo Horizonte informou que a rede conta com 17 médicos especialistas na capital para todas as nove regionais. Quase 16 mil atendimentos foram feitos só no ano passado.

Fonte: https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/agulhada-da-beleza-acupuntura-%C3%A9-aposta-para-prevenir-e-tratar-rugas-e-at%C3%A9-para-emagrecer-1.710437

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Acupuntura, dieta e exercícios ajudam no combate à artrite reumatoide

Técnicas complementam o tratamento tradicional da doença autoimune, indica estudo espanhol

O diagnóstico de uma doença crônica e sem cura é, inicialmente, assustador. No entanto, uma vez que o paciente supera o choque inicial, começa a buscar formas de estabelecer uma convivência amigável com a acompanhante indesejável. Além dos tratamentos clássicos, cada vez mais pessoas buscam alívio na medicina complementar, que, segundo pesquisadores da Universidade do País Basco, na Espanha, oferece alternativas interessantes ao tratamento adicional da artrite reumatoide (AR).

Na revista Reumatologia Clínica, equipe liderada por Juan Antonio Castellano Cuesta fez uma vasta revisão da literatura científica para saber quais alternativas ao tratamento tradicional (veja arte) oferecem os melhores benefícios para o tratamento da AR, doença crônica e autoimune que afeta cerca de 1% da população e é mais comum em mulheres de 30 a 50 anos. Pode parecer contraditório, mas exercícios físicos foram cotados pelos espanhóis como uma das estratégias mais benéficas para reduzir o risco de fratura e perda de densidade mineral óssea, característicos da doença.

Acompanhadas por um profissional, as práticas foram as mais eficientes para o aumento da massa muscular, da força e da atividade neuromuscular, sem prejudicar as juntas. Rodrigo Aires Corrêa Lima, coordenador de Reumatologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), explica que, além de combater os efeitos óbvios da AR, os exercícios inibem o processo inflamatório crônico que libera citocinas. Essas substâncias inflamatórias produzidas pelas células agem negativamente nas placas de colesterol das artérias, aumentam o risco para a osteoporose e induzem diretamente a atrofia da musculatura, processo chamado sarcopenia.

Outro efeito estudado foi a influência positiva dos exercícios físicos no sistema imunitário, que é hiperativo na AR e gera inflamação constante das articulações. Dependendo das comorbidades, além do grau de limitação de cada paciente, outras especialidades como terapia ocupacional podem ser necessárias para que as atividades sejam seguras e adequadas às limitações individuais. O médico do esporte Getúlio Bernardo Morato Filho, professor do curso de medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), completa que as atividades físicas são importantes também para a saúde mental. “Elas ativam a produção de opioides endógenos, que melhoram a analgesia e promovem a sensação de bem-estar. Atividades em grupo favorecem o humor e diminuem sintomas depressivos associados à presença de doenças crônicas”, explica.

Nutrição

Os espanhóis mostram ainda que intervenções nutricionais podem ser aliadas interessantes. Por exemplo, o jejum supervisionado — com ingestão de 200 a 300 calorias diariamente, durante uma semana ou, no máximo, 10 dias — diminui a inflamação, mas as dores reaparecem com a normalização da dieta. No entanto, seguida de um ano de vegetarianismo, a prática alivia dores articulares, inchaços, rigidez e taxa elevada de sedimentação de proteína no organismo.

A dieta mediterrânea, por sua vez, pode reduzir a pressão arterial, melhorar o metabolismo de glicose e de lipoproteínas, e diminuir a inflamação e a oxidação provocadas por estresse. O uso de suplementos como ômega 3, azeite de oliva e vitamina D também se mostrou benéfico. Pacientes com AR, diz Getúlio Morato, geralmente apresentam deficiência de vitamina D, cujas evidências sugerem que, em níveis mais altos, propicia melhora na qualidade de vida.

Com receptores encontrados em células diversas do organismo, essa vitamina aumenta a absorção de cálcio no intestino, protege a saúde óssea e parece ter ação importante no sistema imunológico. “O que ainda não ficou claro é se a reposição de vitamina D promove esses efeitos ou se esses efeitos benéficos encontrados em pessoas com níveis normais de vitamina D são causados por melhores hábitos de vida, que estão associados a taxas melhores do composto”, diz. Apesar de não haver consenso, muitos médicos são motivados por estudos que mostram que o composto, em pacientes com taxas baixas da vitamina, diminui a dor e marcadores inflamatórios sem efeitos colaterais importantes.

Também considerado benéfico pelo grupo espanhol, o óleo de peixe, rico em ácidos graxos ômega 3, ácido eicosapentaenoico (EPA) e docohexaenoico (DHA), está associado à redução de marcadores inflamatórios e ao aumento da produção de resolvinas. Essas substâncias diminuem a inflamação e o risco cardiovascular, tendo efeito moderado no alívio da dor, na rigidez matinal e na progressão da doença.

Em alta no SUS

Dez anos atrás, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), que contempla a homeopatia, a fitoterapia e a acupuntura, entre outras abordagens. Mesmo sem evidências científicas robustas, a inserção das terapias alternativas foi um sucesso entre profissionais de saúde e pacientes: de 2008 a 2015, houve aumento de 526% no número de unidades de saúde que oferecem alguma prática integrativa, saindo de 967 estabelecimentos para 5.139 em 17% dos municípios e 100% das capitais.
Rodrigo Aires Corrêa Lima, coordenador de Reumatologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), cita dietas, meditação, acupuntura, massagens, quiropraxia e homeopatia como algumas das práticas classificadas como confiáveis e benéficas contra a artrite reumatoide (AR). "Contudo, 'tratamentos' como auto-hemoterapia, vacina para brucelose e lavagem intestinal não melhoram os sintomas e podem trazer sérios danos à saúde", alerta. O reumatologista ressalta que medicamentos à base de ervas vendidos pela internet e telefone, muitas vezes, não passam de corticoides ou outros remédios disfarçados.

Lima lembra, ainda, que as abordagens alternativas são adjuvantes do tratamento tradicional da AR, que, por ser uma doença autoimune inflamatória, deve ser tratada com terapias especificamente voltadas para esses pontos. "Os medicamentos que controlam a doença são os que regulam essa autoimunidade exagerada, diminuindo a inflamação e suas consequências para as juntas e outros órgãos. São da classe dos imunossupressores, que funcionam muito mais como reguladores do sistema imunitário", explica. Os chamados antirreumáticos, contudo, podem demorar de semanas a meses para fazer efeito.

Fonte: https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2016/07/13/noticias-saude,189891/acupuntura-dieta-e-exercicios-ajudam-no-combate-a-artrite-reumatoide.shtml

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Acupuntura beneficia a fertilidade masculina

Problemas de má formação, na baixa habilidade de locomoção e a baixa quantidade de espermatozoides são as principais causas de infertilidade nos homens. Os fatores devem ser investigados por um especialista, mas os avanços na área de reprodução humana têm assegurado boas taxas de sucesso para casais que buscam engravidar.

A fisioterapeuta Aniele Hayashi diz que é possível tratar a infertilidade por meio da acupuntura. "Acredito que o objetivo do tratamento seja maximizar as chances de sucesso de cada casal alcançar a gravidez de forma natural, minimizando os riscos à saúde e os custos envolvidos. Portanto acho essencial que o tratamento de subfertilidade masculina não deva ser ignorado, já que pode ser responsável por um pobre desenvolvimento do embrião", comenta a especialista.

A técnica tradicional chinesa já é usada para ajudar na fertilidade das mulheres. A fisioteraputa afirma que a acupuntura também pode ser feita no homem. "A acupuntura melhora a qualidade, quantidade e motilidade do esperma, além de melhorar a qualidade geral do sêmen, o que consequentemente aumenta as chances de um embrião saudável e uma implantação mais segura", assegura Aniele Hayashi.

Para casais que optam pela reprodução assistida, como a fertilização in vitro, é aconselhável iniciar o tratamento com as agulhas três meses antes, pois o processo de maturação do esperma é de 70 a 90 dias.

Um estudo feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) analisou homens que produziam poucos espermatozoides saudáveis, a maioria sem mobilidade ou com formato inadequado. Os médicos dividiram os voluntários em dois grupos: o primeiro recebeu tratamento para estimular pontos do sistema reprodutivo; e o outro grupo recebeu aplicações de agulhas em pontos placebos, ou seja, que não são considerados ativos ou não estavam relacionados ao sistema reprodutivo. Dois meses depois, nos homens tratados com acupuntura houve aumento de 25% da produção de espermatozoides e os gametas apresentaram morfologia adequada.

Fonte: https://www.revistaencontro.com.br/canal/saude/2018/10/acupuntura-beneficia-a-fertilidade-masculina.html

terça-feira, 16 de julho de 2019

Acupuntura no tratamento da fibromialgia

A fibromialgia é uma síndrome não inflamatória que se manifesta no sistema musculoesquelético através de dor crônica generalizada, associando‐se com frequência a outros sintomas, como cansaço crônico (fadiga), insônia ou sono não reparador e alterações do humor como ansiedade e depressão, dificuldade de concentração e alterações de memória, cefaleia recorrente, palpitações, parestesias e diarreia. A dor habitualmente demonstra exacerbação após a atividade física e há pacientes que referem intensificação da mesma à exposição ao frio e à umidade.

O diagnóstico é feito com base em dados clínicos e exame físico, e frequentemente longo tempo após o paciente ter procurado auxílio médico, dada a diversidade dos sintomas e a concomitância com artropatias inflamatórias e patologias dolorosas cervicais e lombares. Estão presentes pontos dolorosos detectados ao exame físico (tender points), em regiões anatomicamente determinadas, e classicamente a detecção de onze de dezoito desses pontos determina o diagnóstico, embora pacientes com menos de onze pontos dolorosos possam ser considerados fibromiálgicos na presença dos outros sintomas sugestivos descritos acima.

Não existe uma etiologia definida, mas sabe-se que os pacientes diagnosticados com fibromialgia apresentam alterações de neurotransmissores que resultam numa sensibilização central, que se traduz numa hipersensibilidade aos estímulos dolorosos. A origem da fibromialgia está relacionada à interação de fatores genéticos, neuroendócrinos, psicológicos e distúrbios do sono. As alterações nos mecanismos de percepção de dor atuam como fator que predispõe o indivíduo à fibromialgia, frente a processos dolorosos, a esforços repetitivos, à artrite crônica, a situações estressantes como cirurgias ou traumas, processos infecciosos, condições psicológicas e até retirada de medicações, como corticosteroides.

O tratamento para qualquer condição dolorosa crônica deve ter um enfoque multidisciplinar no sentido de se promover a melhora da qualidade de vida dos pacientes. O uso de antidepressivos como amitriptilina/fluoxetina ou ciclobenzaprina está indicado para controle da dor e da fadiga, além de melhorar a qualidade do sono. Mais recentemente a venlafaxina vem sendo empregada para os pacientes que apresentam um componente importante de transtornos depressivos ou ansiosos.

O tratamento não medicamentoso incluiu medidas de controle do estresse, higiene do sono, psicoterapia, controle do peso, exercícios físicos de baixo impacto (caminhadas ou natação) para aumentar a produção de endorfina e melhorar a oxigenação muscular, alongamento para aliviar a sensação de dor provocada pela contração muscular excessiva, comum em pacientes com fibromialgia. Recomendam-se também técnicas de relaxamento: ioga, meditação, massagem ou hidroterapia.

Uma vez que a acupuntura comprovadamente consegue modular a produção/ação de neurotransmissores e atua no mecanismo de controle da dor, vem sendo cada vez mais recomendada como tratamento complementar à fibromialgia. Em geral, os pacientes fibromiálgicos que procuram a acupuntura já vem com uma história de estar há longo tempo à procura da solução para suas dores e já usaram várias medicações; apresentam múltiplas queixas e mostram-se resistentes tanto ao acompanhamento psicoterápico quando ao uso de antidepressivos, procurando soluções imediatas inclusive com métodos alternativos sem comprovação. Caracteristicamente iniciam várias terapias mas não persistem no tratamento, o que dificulta a avaliação da sua eficácia.

Em primeiro lugar, é necessário conscientizar esses pacientes de que todas as queixas apresentadas fazem parte da mesma patologia, e na medida em que o tratamento evolui os sintomas podem ser atenuados os desaparecer, em tempos diferentes. Costumo explicar que o controle do quadro álgico pode ser alcançado desde que o paciente tenha foco e disciplina para seguir as nossas recomendações. Reitero a importância do tratamento medicamentoso sob orientação do especialista, a necessidade de exercícios regulares e do acompanhamento psicoterápico. Uma vez garantida a adesão a esses três pilares, acrescento a importância do controle do peso e da modificação de determinados padrões alimentares. Para a Medicina Tradicional Chinesa, a síndrome dolorosa está associada também ao acúmulo de umidade é necessário retirar do cardápio alimentos que promovem retenção da umidade. Uma redução de peso corporal de cerca de sete a dez por cento do peso total já melhora a mobilidade de músculos e articulações além de melhorar a autoestima e a qualidade do sono.

Inicialmente recomendo sessões de acupuntura uma ou duas vezes por semana, e os pontos utilizados são selecionados de acordo com o diagnóstico feito pela Medicinal Tradicional Chinesa. Em geral os pacientes começam a referir melhora ao final da segunda semana de tratamento, que passa a ser semanal então por um período mínimo de três meses.

Um estudo realizado para avaliar a eficácia da acupuntura no tratamento da fibromialgia¹ indica que a acupuntura mostrou ser eficaz na redução imediata da dor em pacientes portadores de fibromialgia, com um tamanho de efeito (effect size) bastante significativo. Além do controle da dor, os pacientes tiveram resultado positivo também na qualidade do sono, no controle da depressão e da ansiedade.

A Revisão da Biblioteca Cochrane publicada em maio de 2013 concluiu que há evidências de baixa a moderada qualidade, comparada ao não tratamento e ao tratamento padrão, de que a acupuntura melhora a dor e a rigidez muscular de pacientes com fibromialgia. A acupuntura é aparentemente um método seguro e é provável que a eletroacupuntura seja melhor que a acupuntura manual para a redução da dor, na melhora do bem estar e da fadiga. Estudos maiores são necessários, uma vez que os tamanhos das amostras e a escassez de estudos comparativos enfraquecem a qualidade das evidências e as implicações clínicas.

Foi feita uma revisão na Universidade de Araraquara, publicada em 2017², utilizando artigos coletados no período de 2006 a 2016 nos bancos de dados Lilacs, Scielo, Pubmed, Medline e Bireme. Esta revisão corrobora com os estudos realizados e evidencia que a acupuntura pode ser um método eficaz na redução da dor nos “tender points” e consequentemente no alívio da dor e melhora da qualidade de vida em indivíduos com fibromialgia. Porém, ressalta a necessidade de novas pesquisas para estabelecer condutas com maior rigor metodológico para mensuração quantitativa e qualitativa da efetividade da acupuntura como método de tratamento da fibromialgia.

Após um período de três a seis meses, a quase totalidade dos pacientes submetidos a acupuntura referem melhora importante dos sintomas gerais (qualidade de sono, ansiedade e disposição) e da dor, e nesse momento é possível espaçar as sessões para uma ou duas ao mês, como manutenção, desde que o paciente continue observando as recomendações da equipe. As sessões de acupuntura podem ser mantidas nesse esquema indefinidamente. Dessa forma e seguindo o tratamento multidisciplinar é possível controlar de modo satisfatório os sintomas, proporcionando ao paciente menos sofrimento e mais qualidade de vida.

Fonte: https://pebmed.com.br/acupuntura-no-tratamento-da-fibromialgia/

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Estudos comprovam ação da acupuntura no tratamento da depressão

A depressão, disfunção que faz parte dos chamados transtornos afetivos e do humor, vem tomando caráter epidêmico em todo o mundo. A estimativa é que ela atinja aproximadamente 16% da população mundial. Para quem sofre do problema e quer testar uma terapia alternativa, uma opção é a acupuntura.

Um estudo de 2013, publicado no periódico científico The American Journal of Psychiatry, mostra que o tratamento por meio da acupuntura é capaz de regularizar os níveis cerebrais do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (do inglês Brain-Derived Neurotrophic Factor), que se encontra diminuído em pacientes deprimidos. O estímulo gerado pela eletroacupuntura se mostrou, inclusive, superior ao efeito da fluoxetina (medicamento comum no tratamento de depressão) na capacidade de regulação do fator.

Outro importante estudo nessa área foi realizado pelo cientista Wei-dong Wang, da Universidade de Pequim, na China. Ele comparou os efeitos antidepressivos da acupuntura e da paroxetina no tratamento da depressão. Sessenta pacientes foram selecionados e avaliados por escala apropriada antes e depois do tratamento. Os resultados mostraram que houve melhora significativa em ambos os grupos após 24 semanas de tratamento, concluindo que a eletroacupuntura se mostrou tão eficaz como terapia contra a depressão quanto o famoso medicamento antidepressivo – e sem os efeitos colaterais da medicação.

Ação moduladora


O mecanismo pelo qual a acupuntura se mostra capaz de reduzir os distúrbios emocionais diz respeito à sua ação moduladora do sistema nervoso central. "Sabe-se, hoje, que a inserção da agulha de acupuntura estimula terminações nervosas existentes na pele e nos tecidos subjacentes, principalmente nos músculos. A 'mensagem' gerada por esses estímulos segue por meio de fibras nervosas periféricas até o sistema nervoso central e, aí , incrementa a liberação de diversas substâncias químicas conhecidas como neurotransmissores: serotonina, noradrenalina e dopamina, que são exatamente as mesmas relacionadas ao controle do humor e das emoções. Além dessa ação moduladora sobre as emoções, o estímulo das agulhas desencadeia uma série de outros efeitos importantes, tais como, analgésico, anti-inflamatório, relaxante muscular e sobre os sistemas endócrino e imunológico", explica o médico Dirceu Sales, presidente do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura.

Muitas outras pesquisas, realizadas nas últimas décadas, atestam que a inserção de agulhas de acupuntura em pontos específicos do corpo provocam fenômenos de neuromodulação em três níveis: periférico (local), espinal e supraespinal. Com isso, como mostra o especialista, são liberadas várias substâncias neuromoduladoras, que normalizam funções motoras, sensoriais, autonômicas, neuroendócrinas, de controle de expressão emocional, além de corticais espinais.

Fonte: https://www.revistaencontro.com.br/canal/atualidades/2017/09/estudos-comprovam-acao-da-acupuntura-no-tratamento-da-depressao.html

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Acupuntura dói?

Um equívoco sobre a acupuntura é que dói. Essa é uma razão pela qual algumas pessoas não querem tentar a acupuntura. O tratamento não é para ferir, embora você possa sentir algumas sensações durante o tratamento.

"A maioria das pessoas que estão sendo tratadas não sente nada", disse Prajna Paramita Choudhury, da LAc, DiplOM, um acupunturista licenciado e certificado. “Na maioria das vezes, o que pode ser descrito como dor é uma sensação de chi. Pode ser pesado, latejante ou um sobressalto, e todas são respostas positivas.”

Isso pode variar de acordo com o seu nível de tolerância à dor e sensibilidade geral. Às vezes, seu primeiro tratamento com acupuntura será mais intenso do que os tratamentos seguintes. Isso pode acontecer porque certos pontos de energia do seu corpo estão sendo ativados pela primeira vez. Seus sintomas podem piorar um pouco antes de melhorar.

"A dor não é uma coisa negativa, mas você não quer que isso dure. A maior parte do tempo se dissipa”, disse Choudhury. "Se o paciente continua a sentir, eu tiro a agulha."

Como é a acupuntura?

Embora a experiência seja diferente para todos, a acupuntura geralmente não causa desconforto ou dor.

Muitas vezes você não sente as agulhas sendo inseridas, porque elas são finas e inseridas com cuidado. Quando a agulha atinge a profundidade pretendida, é provável que você sinta uma leve sensação de formigamento. Isso pode ser um sinal de que o tratamento está funcionando e o ponto de acupuntura está sendo ativado. Você também pode sentir uma sensação pesada ou elétrica. Sentimentos de calor podem surgir nos pontos de acupuntura.

Se você sentir qualquer coisa que seja uma dor severa ou aguda, você deve avisar seu acupunturista. Na maioria das vezes, a dor ou o desconforto serão passageiros e duram apenas alguns segundos.

O que causa a dor?

Utilizar agulhas de maior calibre ou ao inserir agulhas mais profundamente é mais provável que cause dor. Certas marcas de agulhas também são mais propensas a causar dor. Alguns praticantes usam mais força ou uma técnica mais pesada ao inserir as agulhas. É importante ir apenas a acupunturistas licenciados e experientes para o tratamento.

Fale se estiver com dor e que está além do leve desconforto. Você também pode pedir ao seu praticante para continuar mais devagar, usar menos agulhas, inseri-las mais superficialmente e manipulá-las menos.

"Se tudo está doendo, você deve tentar com um praticante diferente." disse Choudhury.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Como combater a insônia com acupuntura

Somada a mudança de hábitos, acupuntura pode ser eficaz para afastar o distúrbio do sono

A insônia tem sido a segunda maior demanda por tratamento médico na atualidade. Seguindo a dor, principal queixa nos consultórios médicos, traz sofrimento a um número crescente de pessoas além de ser fonte de inúmeros problemas físicos e psicológicos.

Num contexto mais amplo a insônia pode ser definida como distúrbio de sono, tendo várias causas e formas de manifestação. De forma geral, podemos dividir em dois grandes grupos:
  • as insônias pontuais, por curto período de tempo, relacionadas a um evento desencadeante de estresse. Nesse caso, resolvida a situação desencadeante a pessoa volta a dormir de modo regular.
  • as insônias mais duradouras, quando o distúrbio do sono ultrapassa uma semana. Nestas, encontramos várias causas que afetam a qualidade do sono, como desequilíbrio emocional, causado por preocupação, raiva, ansiedade ou stress
  • excesso de trabalho, tanto físico quanto intelectual
  • erros alimentares, comer em excesso, principalmente no jantar
  • ou mesmo doenças crônicas que conduzem a uma debilidade física e psíquica.

Na Medicina Chinesa, a insônia é compreendida como uma alteração no equilíbrio funcional do organismo, do Sistema Nervoso Autonômo Simpático/Parassimpático, que em chinês podemos definir como um desequilíbrio Yin/Yang, afetando o psiquismo.

Quando nossa mente está calma e bem nutrida, prevalece o Yin, essencial para o repouso. Quando estamos com a mente agitada, prevalece o Yang, fundamental para as atividades diárias mas inadequado para o repouso e o sono.

O tratamento da insônia pela acupuntura consiste em equilibrar o Yin/Yang, "acalmando" a mente para que o sono possa ser reparador. Isso acontece depois de elaborado um diagnóstico adequado pelo médico, tanto do ponto de vista da Medicina Contemporânea quanto do da Medicina Chinesa.

Além das sessões de Acupuntura, é importante o aconselhamento médico para que o paciente adeque seu modo de vida que está desencadeando o desequilíbrio, e a consequente perturbação do sono. Vale reforçar também as regras básicas de atitudes diárias para afastar a insônia:
  • evitar discussões ou reflexões antes de deitar
  • não exagerar na alimentação do jantar
  • evitar bebidas alcoólicas, chá preto ou café forte e cigarro, pois essas substâncias tendem a estimular o Yang, agitando o psiquismo - mente - e, assim, favorecendo a insônia.

Na Medicina Chinesa busca-se a causa geradora do sintoma e esse é o alvo do tratamento. É importante que o médico tenha um conhecimento tanto da fisiologia e psicologia do sono como de sua patologia e psicopatologia. Com um diagnóstico adequado e um tratamento bem dirigido, os distúrbios de sono, incluindo os vários tipos de insônia, podem ser resolvidos de modo definitivo.

terça-feira, 9 de julho de 2019

Acupuntura é aliada contra doenças de inverno

Com ação anti-inflamatória, Medicina Chinesa ajuda a combater dores crônicas e doenças respiratórias típicas da estação

As doenças típicas do inverno como asma, bronquite, sinusite e rinite podem se agravar nesse período, além das dores crônicas, como artrite e dores musculares. A combinação de vento, frio, locais fechados, aglomerações, além da troca de ambientes e das temperaturas entre eles favorecem o agravamento dessas doenças, principalmente, para aqueles que já têm um quadro frequente de indisposições.

A acupuntura é uma grande aliada para prevenir e promover o calor do corpo. Para a medicina tradicional chinesa, o frio trava ou dificulta a circulação do Qi (Tchi) e, consequentemente, do Xue (Sangue) nas articulações e nos músculos. Daí a ocorrência ou agravamento de dores articulares e musculares no inverno.

A acupuntura deve ser realizada em qualquer época do ano para fortalecer e promover o calor do corpo e não somente no frio. Ao buscar uma forma de tratamento na vigência do frio e dores, a técnica mais recomendada, além da acupuntura, é a aplicação de moxabustão, que promove o aumento da circulação vital para tratar doenças de origem.

Entenda como a acupuntura pode ajudar no tratamento de dores crônicas e doenças respiratórias.


Dores crônicas

Dores articulares no ombro, joelho, coluna vertebral, pés e mãos, desde que não tenham indicações cirúrgicas, podem ser prevenidas e tratadas com acupuntura para promover a circulação do Qi, pois além de aquecer, auxilia na liberação de neurotransmissores de ação anti-inflamatória e analgésica.

Com pelo menos 10 aplicações de acupuntura, a depender do estado do paciente, já é possível sentir melhoras significativas.


Doenças respiratórias

A acupuntura é uma das técnicas com bons resultados nas doenças respiratórias. Segundo pesquisas clínicas e experimentais, a acupuntura tem efeito promissor no tratamento dessas patologias.

No caso das doenças respiratórias, a estação do ano mais prejudicial é o outono que, com sua secura, enfraquece o pulmão. O inverno, para quem já tem o pulmão enfraquecido, é fator de desencadeamento de resfriados, gripes, alergias, pneumonia, asma, bronquite, sinusite e rinite.

Fonte: https://www.canalacupuntura.com.br/solucoes-acupuntura/acupuntura-e-aliada-contra-doencas-de-inverno/

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Lesões neurológicas pós acidente vascular - tratando com acupuntura

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o acidente vascular cerebral (AVC) como sendo um comprometimento neurológico focal (ou global) de início súbito, com sintomas que persistem por mais de 24 horas, podendo levar à morte, e de provável origem vascular.
Muitos dos doentes que sobrevivem ao AVC ficam com sequelas de ordem física, sensorial e cognitiva. De fato, o AVC, sendo a principal causa de incapacidade no adulto no mundo, leva à incapacidade produtiva precoce e a repercussões socioeconômicas devastadoras para o indivíduo e sua família. Aproximadamente 85% dos acidentes vasculares cerebrais são de origem isquêmica e 15% hemorrágica.
Na medicina tradicional chinesa (MTC), o AVC é conhecido como Zhong Feng (lesão pelo vento). Historicamente, a primeira descrição foi feita no Tratado de Medicina Interna do Imperador Amarelo (Huang Di Nei Jing) há mais de dois mil anos. A denominação do vento deriva-se da análise dos sintomas do AVC, que geralmente são de instalação súbita, de características variáveis, acometendo regiões cerebrais e áreas corporais diversas, e de evolução imprevisível; esses fatos são semelhantes aos fenômenos naturais causados pelo vento.
Além do quadro clínico conhecido, a MTC se preocupa também com as manifestações prodrômicas, como tontura, sensação de dormência nos membros, lassidão e alterações comportamentais. Os quadros mais graves, acompanhados de coma/colapso são ditos como acometendo os órgãos internos, e os quadros mais leves, com plegias/paresias/paralisia faciais acometem os meridianos e canais colaterais de circulação de energia.
No entendimento da MTC, o AVC é uma doença multifatorial atribuída frequentemente a:
– enfraquecimento constitucional devido ao envelhecimento ou a doenças crônicas que consomem o organismo;
– trabalho extenuante ou preocupação excessiva – preocupação ou trabalho em demasia pode causar uma desarmonia interna de Yin/Yang;
– repouso inadequado e excesso de atividade sexual – assim como o trabalho excessivo, provocam desgaste da essência e desarmonia;
– alimentação inadequada – alimentação gordurosa ou ingestão abusiva de bebida alcoólica acarreta uma alteração de metabolismo, gerando produtos patológicos internos que podem obstruir a circulação sanguínea;
– alterações emocionais – o fluxo normal das substâncias orgânicas é perturbado pelas alterações emocionais, principalmente preocupação, ansiedade, irritabilidade e crises de raiva.
Tratamento com acupuntura
A acupuntura é um tratamento da MTC que estimula a boa circulação de vários tipos de energias orgânicas, com vista a harmonizar o corpo e a mente e a tratar as mais diversas patologias. Na  recuperação do paciente pós AVC, melhora a circulação em áreas que haviam perdido a irrigação e promove ainda a proliferação de neurônios e a integração das áreas adjacentes, reduzindo os aspectos deficitários de comprometimento neurológico. Isto vai fazer com que os pacientes recuperem gradualmente a sua capacidade cerebral e intelectual, melhorando a qualidade de vida.
A acupuntura para recuperação de AVC também reduz os níveis de ansiedade e de stress dos seus pacientes, tornando mais fácil enfrentar as dificuldades iniciais e fortalecendo para lutar pela recuperação dia a dia. Esta eficácia é cada vez mais reconhecida pela própria medicina convencional que, em tantos pontos do mundo, tem adotado esta terapêutica nas suas unidades hospitalares, com vista à melhoria e à recuperação das vítimas de AVC.
Em 2001, Dr. Wu Tu Hsing, médico responsável pelo Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, apresentou tese de doutorado sobre o uso da acupuntura em pacientes pós AVC, demonstrando modificações clínicas e cintilográficas de pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico crônico tratados pela estimulação elétrica subcutânea em pontos de acupuntura localizados no couro cabeludo, escolhidos de acordo com o quadro clínico apresentado.
Existem áreas responsáveis pela parte motora, sensitiva, pela fala, pelo equilíbrio e pelo tremor, por exemplo. Esse método já vem sendo utilizado com bastante sucesso pelos médicos acupunturistas.
É desnecessário recomendar o bom senso no tratamento do AVC. Na sua fase aguda, a gravidade do quadro pode ameaçar a vida do paciente. Devem-se utilizar todas as medidas disponíveis para preservar a vida, reduzir os possíveis danos e posteriormente desenvolver um programa consistente de reabilitação para as sequelas. Em geral, o tratamento com acupuntura pode ser iniciado assim que as condições hemodinâmica e metabólica do paciente estejam estáveis, ao sair da unidade de terapia intensiva, e continuar durante toda a internação e após a alta, em conjunto com a medicina física e de reabilitação.
Esse entendimento integrado entre os modelos médicos tradicional chinês e convencional ocidental para o tratamento dessa condição clínica certamente só traz benefícios aos pacientes.
Um entendimento mais integrado entre os modelos médicos tradicional chinês e biomédico para prevenção, detecção e tratamento dessa condição clínica prevalente certamente beneficiará a população.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Acupuntura: saiba como a terapia pode auxiliar pacientes com câncer

Nos dias atuais, doença alguma justifica um indivíduo convivendo com dor que pode ser debelada, controlada ou em muito aliviada. O câncer é uma delas.
Na oncologia, a dor constitui uma das queixas mais frequentes dos pacientes e requer tratamento adequado. Isso se torna ainda mais relevante na medida em que o paciente oncológico experimenta impacto emocional adverso e desconfortos desde os exames diagnósticos até os procedimentos terapêuticos convencionais. Entre 40 e 85% dos pacientes diagnosticados com câncer apresentam queixa de dor relacionada ao câncer em algum momento.
Estima-se que, dentre esses, 25% referem dor nos estágios iniciais, 35% durante o tratamento e mais de 75% nos estágios avançados da doença, referindo dor de moderada a severa. De todos os pacientes sintomáticos, estima-se que cerca de 70% não recebem alívio adequado do quadro doloroso, comprometendo severamente a qualidade de vida.
Além da dor, são muitos os sintomas e efeitos colaterais relacionados ao câncer e ao tratamento, tais como astenia, inapetência, alterações de trânsito intestinal, sintomas urinários, fenômenos vasomotores, depressão, anemia, edema, depressão imunológica, náuseas e vômitos decorrentes da quimioterapia, entre outros.
O papel da acupuntura nos pacientes com neoplasias malignas é de ser um adjuvante, um complemento ao tratamento convencional para o controle da dor, seja ela pós-operatória ou pós-quimioterapia ou pós-radioterapia, e também no tratamento dessa variedade de sintomas e condições associadas ao câncer e os efeitos colaterais do tratamento.
Pesquisando no banco de dados da BIREME/BVS, encontramos uma primeira revisão sistemática Cochrane sobre os efeitos da acupuntura para a dor do câncer feita em 2011 e outra de 2015, analisando artigos publicados até julho/2015, em todas as línguas e selecionando trabalhos controlados e randomizados. Foram incluídos todos os métodos de acupuntura o tratamento da dor relacionada ao câncer em indivíduos maiores de 18 anos. O objetivo foi identificar as evidências sobre a eficácia da acupuntura para o tratamento.
Os trabalhos selecionados procuraram comparar grupos tratados pela acupuntura com grupos tratados com terapia convencional, falsa acupuntura ou nenhum tratamento. Foram encontrados poucos artigos, todos com pequena amostragem (o que reduz drasticamente a qualidade da evidência), e todos com algum tipo de viés do grupo controle. Logo, nenhum dos trabalhos utilizou grupos de tamanho suficiente para produzir resultados confiáveis, e a revisão concluiu que não há evidências pra julgar a eficácia do tratamento.
Apesar de evidências insuficientes, a acupuntura vem sendo amplamente utilizada para o suporte desses pacientes e com relatos cada vez mais animadores. Uma revisão publicada recentemente (2018) concluiu que a acupuntura sozinha não teve efeitos significativos quando comparada ao uso dos analgésicos, mas recomenda que seja considerada como recurso adjuvante particularmente quando a dor do câncer não é controlada unicamente com medicamentos.
Um estudo publicado em outubro deste ano compara 68 pacientes com dor relacionada ao câncer pré e pós acupuntura, e foi observada redução dos escores de dor logo após o primeiro tratamento, além da melhora de sintomas como depressão, fadiga, dispneia e náuseas.
Dessa forma, mais estudos sistemáticos são necessários para comprovar a eficácia das técnicas sobre o controle da dor e definir protocolos para a abordagem destes pacientes.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Uso de auriculoterapia faz dobrar número de fumantes que deixam vício

No ano passado cerca de 56% das pessoas que participaram de grupos de tabagismo em Campo Grande largaram o vício. Esse número quase dobrou em relação a ano anteriores, onde a média era de 30%. Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) isso se deve a inserção da aurículoterapia no tratamento.
De acordo com a farmacêutica Ana Helena da Silva Gimenes, que é apoio técnico das equipes Nasf (Núcleo Ampliado de Saúde da Família), em um dos grupos, que era formado por sete pessoas, todas largaram o vício.
“É do mesmo princípio da acupuntura, a diferença é que na acupuntura são agulhas e na aurículoterapia são sementes na orelha, é um método não invasivo. E para a gente tem sido muito eficaz”, explicou Ana Helena.
As sessões e aurículoterapia são oferecidas em algumas UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família), por meio das 12 equipes Nasf existentes no município. Atualmente há 40 profissionais formados na prática atuando na rede pública de Campo Grande.
O objetivo da secretaria, conforme a responsável técnica das equipes Nasf na Capital, a nutricionista Alana Galeano, é ampliar o atendimento desta e das outras 11 práticas integrativas ofertadas na rede básica para todas as UBSFs da cidade, hoje essa cobertura chega em 70%.
“A gente já viu um aumento significativo da oferta, só que a gente quer ofertar este modelo [apresentado no caso do tabagismo] em todas as unidades. Então o foco agora é trabalhar isso”, declarou Alana.Para chegar a esse número, foram intensificados os cursos da área, reflexo disse está no aumento dos atendidos no último mês. “A gente tinha no mês de março 65 sessões de aurículoterapia, em abriu foram 219 e em maio foi para 468”, destacou a nutricionista.

Controle de dor

Além dos números apresentados em relação ao grupo de tabagismo, a prática também foi incluída no grupo de controle de dor e, de acordo com Ana Helena, dois 12 pacientes atendidos pela equipe Nasf, três apresentaram nível zero de dor.
“A gente teve pacientes com fibromialgia com controle de dor, pacientes que usavam medicamento que chegou a parar o uso do medicamento. Todos que começaram com um nível alto de dor, a gente usa uma escala científica para medir isso, chegaram em um nível menor”, relatou.
Segundo a farmacêutica, nesse sentido a secretaria está estudando uma forma de reduzir a medicação através do trabalho das práticas integrativas.

Práticas Integrativas e Complementares

A aurículoterapia faz parte das PICS (Práticas Integrativas e Complementares) que foram estabelecidas pelo Ministério da Saúde dentro do SUS (Sistema Único de Saúde). Em Campo Grande, conforme a responsável técnica das equipes Nasf, que aplicam as práticas no Estado, são oferecidas 12 das 29 regulamentadas pelo Ministério.
São elas: na especialidade há a acupuntura e a homeopatia; já na atenção básica são ofertados dança circular, meditação, musicoterapia, reiki, shantala, fitoterapia, aurículoterapia, medicina tradicional chinesa – lian Gong, yoga e terapia comunitária integrativa.
São atendidos mensalmente na acupuntura uma média de 194 pessoas. Já na homeopatia esse número passa de 200, sendo 92 no adulto e 133 no pediátrico.
Das 52 Unidades Básicas de Saúde da Família de Campo Grande, 37 oferecem algum tipo de PICS. As representantes orientam que os interessados procurem a unidade de saúde de sua região para saber quais ou se há oferta de práticas integrativas no local.

Atendimento estadual

De acordo com a responsável técnica das Práticas Integrativas Complementares do Governo do Estado, Patrícia Mecatti Domingos, em Mato Grosso do Sul existem 214 estabelecimentos de saúde que ofertas as PICS, em 65 municípios.
Além das práticas ofertadas em Campo Grande, outras cidades do Estado também possuem o Tai Chi Chuan, a arteterapia e terapia de florais. As atividades podem ser encontradas em cinco microrregiões: Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas, Paranaíba e Campo Grande.
Nas cidades de Naviraí, Coxim, Corumbá, Jardim, Cassilândia, Itaquiraí e Antônio João o objetivo da SES (Secretaria de Estado de Saúde) é ampliar a oferta de fitoterapia.
A meta, conforme Patrícia, é atingir 100% das cidades sul-mato-grossenses com a oferta de algum tipo de PICS como forma de melhorar também o atendimento. Um exemplo disso, ainda segundo a responsável, foi apresentado em Antônio João.
No município, após a implantação da terapia de florais em gestantes, houve aumento de 60% no número de partos normais realizados na cidade. “Reflete em uma gestante mais relaxada e orientada”, afirmou.
Segundo Patrícia, um dos entreves para que as PICS sejam mais comuns é a falta de incentivo por parte dos gestores públicos. Para mudar isso, a secretaria tem tentado sensibilizar os prefeitos e secretários de saúde por meio dos próprios servidores que forem capacitados.
“Eles assinam um termo de compromisso de que vão atender a demanda e cadastrar a unidade em que o profissional atua e também sensibilizar os gestores para que eles comprem o material usado nas atividades”, declarou.
Outro problema, ainda conforme a responsável técnica, é a falta de uma política específica para as PICS, o que quer dizer falta de verba. Por isso as práticas são realizadas dentro de outras atividades, como a Saúde da Mulher, Sistema Prisional, Saúde do Trabalhador, Saúde Mental e Saúde Indígena.