quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Hospital Veterinário em Botucatu tem tratamento com acupuntura

Ambulatório da unidade de saúde do município na Unesp atende uma média de 70 animais por semana, com maioria de cães e gatos

Desde o ano 2000, a acupuntura em animais é uma realidade no Hospital Veterinário da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu, no interior do Estado. No ambulatório, são atendidos semanalmente 70 pacientes, com maioria de cães e gatos.

O coordenador do ambulatório, professor Stélio Luna, desenvolve pesquisas na área desde 1987, na tentativa de popularizar e diminuir a resistência da prática em animais. “ela é eficaz não só pelas dezenas de publicações, mas especialmente em casos neurológicos e de hérnia de disco. Nós conseguimos fazer com que os pacientes voltem a se locomover e controlem a questão de urina e fezes”, explica o docente à TV Unesp.

Atendimento

Além dos atendimentos, o ambulatório também é um centro de formação, pois oferece a possibilidade de residência aos estudantes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, do campus de Botucatu da Unesp.

“Os médicos veterinários estão um pouquinho mais dispostos a encaminhar os animais para o tratamento por acupuntura. Existe todo um contexto para a prática. Estudamos para isso e tratamos tanto problemas sistêmicos quanto ortopédicos”, afirma a residente Suellen Vieira.

“Não perdemos as esperanças nela e vimos o resultado com a técnica”, revela à TV Unesp o autônomo Wellington Ribeiro, dono da cadela Bibi, vira lata de oito meses que passou por outro setor do hospital e foi encaminhada para a primeira sessão de acupuntura no ambulatório. Ela ficou com sequelas após contrair cinomose, doença viral que resultou em dificuldades de locomoção e incontinência urinária.

Recuperação

Por acreditar na eficácia da técnica, a médica veterinária Viviane Chirinéa levou os animais de estimação para a acupuntura no espaço de saúde. O procedimento aliviou as dores fortes da cadela Duda, por exemplo, que apresentava problemas hormonais, no fígado e na coluna.

“Agora, a Duda tem uma qualidade de vida excelente. Ela está com uma alimentação natural também, toda balanceada. Ela tem 13 anos e está muito bem”, comemora Viviane Chirinéa.

“São animais que normalmente seriam submetidos a uma ‘eutanásia’, que é aquela morte humanitária, e que nós conseguimos dar uma possibilidade de sobrevida para os pacientes, que passam a ter uma qualidade de vida compatível com o viver novamente”, finaliza o professor Stélio Luna.