quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Pacientes recorrem à Acupuntura para tratar o bruxismo

O bruxismo é o hábito involuntário de apertar ou ranger os dentes. Para resolver o problema, muitas pessoas estão recorrendo à acupuntura.

Uma pesquisa da Universidade de São Paulo mostrou que a ansiedade é uma das principais causas da doença. A mãe de Sabrina, diz que a menina anos costuma ranger os dentes à noite enquanto dorme. "Quando ela está ansiosa com alguma coisa, uma festinha que ela vai, um passeio na escola ela range, raspa um no outro, e faz barulho", conta.

O bruxismo pode causar desgastes e fraturas, desvios na mordida, fadiga dos chamados músculos mastigatórios e dor. O tratamento para proteger os dentes é o uso da plaquinha de resina de acrílico ou do aparelho. Mais muitos pacientes superam o bruxismo com a acupuntura ou o laser que tem o efeito parecido das agulhas.

"A gente vê que os resultados que se obtêm com as agulhas ou com o laser de baixa intensidade são os mesmos daquela placa que se usa para o relaxamento. E, além disso, a própria acupuntura não trata somente a disfunção do paciente, trata todo o sistêmico", explica Rodrigo Galo, pesquisador da Universidade de São Paulo.

Principalmente entre crianças e adolescentes, os hábitos exagerados de roer as unhas, morder os objetos, como lápis e caneta, e mascar chiclete são, segundo os médicos, sinais de ansiedade. Ela é considerada hoje pelos dentistas como principal causa do bruxismo.

Os estudos de outra pesquisadora mostraram que o controle da ansiedade reduz o hábito indesejado de apertar ou ranger os dentes. "Ele gera uma hiperatividade nas estruturas musculares que pode causar impacto significativo", diz Kranya Diaz Serrano, professora da faculdade de odontologia da USP.

Emirene Francisco Pereira, mãe da estudante Milena, afirma que os pais chegavam a acordar com o barulho. "Era bem alto. Ela acordava à noite, pedia pra eu ficar ao lado dela", conta. Mas tudo isso acabou com as sessões de acumputura que ela faz há um ano. "Agora durmo a noite inteira, não masco chiclete, e parei de ranger os dentes", conta Milena Francisco Pereira, 12 anos.

Video e Fonte: http://glo.bo/uyVN9e

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Efeitos colaterais da quimioterapia podem ser amenizados com acupuntura

A acupuntura vem sendo estudada e associada, em vários aspectos, ao tratamento do câncer, devido à crescente demanda de pacientes que buscam terapias complementares. O motivo é simples. Pesquisas comprovam que a terapia ameniza os efeitos colaterais dos quimioterápicos e promove a qualidade de vida durante o tratamento convencional.

De acordo com a Dra. Luciana Meneghel, fisioterapeuta da Clínica Reacciona e especialista em acupuntura: "A quimioterapia destrói as células cancerosas, impedindo que elas cresçam e se multipliquem. No entanto, esse processo pode afetar também outras células no organismo. Por exemplo, quando certas células que crescem no revestimento do estômago são lesadas durante a quimioterapia, estas enviam sinais ao cérebro que dá início ao processo dos vômitos. Outros efeitos indesejáveis da quimioterapia são: perda do apetite, diarréia, queda de cabelo, irritação da pele, escurecimento das unhas e dores nas palmas e pés", esclarece.

Tereza Camolesi Colleti foi diagnosticada com câncer de mama em 2009 e, no mesmo ano, começou a fazer sessões de quimioterapia. "Quando descobri a doença perdi o chão, fiquei pra baixo e com depressão. Depois de começar o tratamento, tinha dores fortíssimas, náuseas, insônia e ficava só deitada. Muitas vezes, precisei ser levada para as sessões carregada, pois não tinha forças e passava muito mal", conta.

E só após algum tempo do início do tratamento é que Terezinha tomou conhecimento de que a acupuntura poderia ajudar-lhe a amenizar os sintomas. "Depois de algumas sessões de quimioterapia as enfermeiras do hospital em que me tratava, vendo que eu estava sofrendo com os efeitos, me indicaram a acupuntura e disseram que a técnica poderia me deixar muito melhor", disse.

Nesse contexto, a especialista na técnica da acupuntura explica como ela age no organismo e qual a sua relação com os efeitos da quimioterapia. "A medicina tradicional chinesa toma como base a existência de uma estrutura energética e afirma que no corpo a energia circula por canais através de pontos específicos que, ao serem puncturados, reorganizam a circulação energética de todo o corpo. A doença, por sua vez, é sempre uma desorganização dessa energia funcional que controla e dinamiza os órgãos."

Por isso, como resultado, os estímulos nos pontos através de agulhas ou pressão local no paciente com câncer, amenizam os efeitos, principalmente a dor, a náusea e o vômito. "A variedade de estímulos nesses pontos é capaz de liberar uma substância neuroquímica que tira a sensibilidade do quimioreceptor no cérebro e previne os efeitos causados por medicações ou drogas quimioterápicas", acrescenta.

"Quando comecei a acupuntura senti uma melhora quase que instantânea. Foi surpreendente. As minhas dores cessaram, não tive mais náuseas intensas nem ansiedade, comecei a dormir e me alimentar melhor e o meu intestino voltou a funcionar regularmente. As enfermeiras, minha família e até meu oncologista se surpreenderam com tamanha melhora. Passei a me sentir muito bem", lembra Dona Teresinha.

Acupuntura na quimioterapia

Dra. Luciana salienta que o tratamento funciona da seguinte forma: o paciente deve iniciar as sessões de acupuntura no momento que começa as sessões de quimioterapia. A partir daí, serão realizadas sessões semanais com duração de aproximadamente uma hora. "É importante ressaltar também que a acupuntura pode ser feita mesmo que já se tenha começado o tratamento quimioterápico e não há problema se o paciente estiver tomando medicações anti-eméticas, podendo associar as duas terapias".

Na opinião da profissional, "a acupuntura pode ser eleita o melhor tratamento, especialmente para náusea e vômitos gerados pela quimioterapia, pois não causa nenhum efeito colateral". Como consequência, a fisioterapeuta da Clínica Reacciona descreve que a ausência de efeitos reduz o tempo de hospitalização, consulta médica e ansiedade entre paciente e família, e ainda melhora a tolerância e aderência ao tratamento e a ingestão de alimentos.

Tereza Colleti, hoje totalmente curada da doença, agradece imensamente a contribuição que a acupuntura teve em sua recuperação e aconselha: "Acho fundamental destacar a técnica como forma de cuidado complementar para a oncologia em geral. Eu recomendo a acupuntura a todas as pessoas que estão passando pelo que passei e acho que a terapia precisa ser muito mais divulgada e reconhecida. Todos deveriam saber que ela proporciona uma melhora significativa na qualidade de vida de um paciente com câncer", finaliza.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Manter a vitalidade nas alturas é primordial nos dias de hoje

Pular da cama, abrir a janela sorrindo e realizar as tarefas do dia com disposição e entusiasmo - quantas vezes nos vemos distantes desse ideal de vitalidade ou, pelo menos, tentando alcançá-lo. Calma. Ficará mais fácil turbinar as reservas de energia se compreendermos - e respeitarmos - o sutil equilíbrio das forças envolvidas nessa equação.

"Na medicina tradicional chinesa, vitalidade é sinônimo de Qi (lê-se "tchi"), que quer dizer energia da vida ou sopro vital, presente na natureza como um todo", afirma Márcio de Luna, presidente da Associação Brasileira de Acupuntura, do Rio de Janeiro, e professor do Instituto Brasileiro de Medicina Tradicional Chinesa (IBMTC). Segundo essa tradição, nós nascemos com uma cota predeterminada de Qi, armazenada nos rins. "É por isso que os chineses procuram preservar a saúde desse órgão e cultivar bons hábitos no cotidiano", diz o acupunturista. A sabedoria desse povo desemboca no comedimento. Assim, eles pensam: se o montante de energia inata for gasto precocemente, a vitalidade despencará e as enfermidades não tardarão a se instalar.

Nas bandas ocidentais, não é muito diferente. "A medicina convencional entende a vitalidade como resultado da interação de aspectos físicos e psíquicos", diz João César Castro Soares, endocrinologista, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e autor de Dieta Dissociada - Emagrecer com Saúde Comendo de Tudo (MG Editores). "Os estados psicológico e mental, os níveis de estresse diário, o ambiente domiciliar, a forma com que aproveitamos os períodos vagos da rotina, bem como a alimentação e o consumo de água são fatores que influenciam diretamente a vitalidade ou a falta dela", afirma a fisioterapeuta e acupunturista Arianne Nogueira, de São Paulo.

Trocando em miúdos, somos o reflexo de nossos hábitos, mas também não ficamos imunes às influências do meio em que vivemos. No âmbito fisiológico, devemos grande parte do ânimo que sentimos à atividade dos neurotransmissores, principalmente a serotonina e a endorfina. Uma vez fabricadas pelo cérebro, elas produzem a sensação de bem-estar e disposição. "Há aumento da taxa de serotonina quando ingerimos carboidratos e açúcares, e da taxa de endorfina quando praticamos exercícios físicos", diz Castro Soares.

Isso não significa que, a partir de agora, você esteja autorizada a se empanturrar de doces, chocolate, bolos e pães só para se sentir de bem com a vida. Melhor recorrer vez ou outra a esses bálsamos alimentares e deixar o trabalho pesado para as atividades físicas. Regulares, é bom que se diga. "Para gerar benefícios, a prática deve ser contínua, ou seja, pelo menos, três vezes por semana, com duração mínima de 30 minutos", ressalta o médico. Portanto, escolha uma modalidade prazerosa. Algo que a motive a ser aluna assídua e dedicada.

Há ainda dois personagens altamente envolvidos com a geração de entusiasmo. São eles: o cortisol e a adrenalina, os chamados hormônios do estresse. Em patamares normais, a dupla se encarrega do desempenho muscular e do despertar matinal. "Por isso, é recomendado se exercitar pela manhã, período em que esses hormônios preparam o organismo para o gasto energético", explica ele. Por outro lado, o excesso de malhação, em geral, motivado pelo culto ao corpo, pode levar ao esgotamento. Aí, adeus vitalidade. "Muitas pessoas não respeitam seus limites físicos e criam para si um quadro de estafa aliado a lesões musculares e articulares", alerta Castro Soares.

Abaixo o desperdício de energia!

Segundo a medicina tradicional chinesa, devemos evitar os seguintes hábitos em nome de uma vida equilibrada e, consequentemente, cheia de disposição:

  • Uso de drogas (incluindo cigarro e álcool) ou agentes intoxicantes, como corantes, principalmente a tartrazina, substância usada em tudo o que possui a cor amarela.
  • Trocar o dia pela noite ou dormir tarde e pouco.
  • Picos de preocupação, raiva, tristeza, medo, alegria e todo abuso emocional.
  • Excesso de exercícios físicos e de atividade mental (os chineses recomendam técnicas de meditação para aprendermos a esvaziar a mente).
  • Comer muito ou demasiado pouco.
  • Exagerar num certo sabor como ácido, doce, amargo, salgado e picante (nossa sociedade abusa do doce e do sal).
  • Devemos, sim, comer conforme a estação: alimentos mais calóricos e gordurosos no frio; e itens leves, frugais e frescos no calor.

Fontes borbulhantes

Para manter constantes os níveis de energia, vale a pena investir em atividades como a ashtanga vinyasa ioga, conhecida como a vertente mais vigorosa dessa modalidade, centrada na respiração casada com sequências fixas de posturas. "A respiração profunda com base na contração das vísceras, chamada de ujjayi, aumenta a oxigenação dos órgãos internos, gerando um corpo rico em combustível", afirma Pedro Moreno, professor de ashtanga vinyasa ioga no Estúdio Anacã e na Escola de Ioga, ambas em São Paulo.

Se você já tem uma atividade física predileta, pode recorrer às agulhas a fim de reequilibrar o fluxo energético do corpo. "O estímulo dos pontos de acupuntura promove a liberação de diversas substâncias neuroquímicas, como serotonina, endorfina e dopamina, entre muitas outras, o que se traduz na recuperação da saúde e no aumento da disposição", explica Luna.

Segundo ele, a sensação de bem-estar começa a ser sentida durante a sessão e se prolonga por até 72 horas. Nos casos de pacientes desvitalizadas, ele recomenda a frequência de duas vezes por semana, com intervalos de três dias entres as sessões, durante três meses.

Aquela massagem dos deuses também é providencial nos momentos de pilha fraca. Aposte na massagem revitalizante, com pedras quentes. "Ao dissolver as tensões por meio do toque combinado com a ação de óleos mornos e das pedras aquecidas, libera-se a energia represada", afirma Priscila. Sem falar que, quando estão deitadas na maca, as pessoas são induzidas a respirar profundamente, o que aumenta a oxigenação do sangue e relaxa a musculatura.

Como última cartada contra o cansaço, cogite se refugiar nos braços da natureza. Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, mostrou que o simples contato com as paisagens naturais aumenta a sensação de vitalidade. Vinte minutos de interação com esses cenários foram suficientes para os pesquisadores constatarem os benefícios nos participantes do estudo. Não há brechas para desculpas. Só vai deixar a bateria arriar quem quiser.

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

As práticas complementares se integrando aos tratamentos médicos

Reconhecendo os benefícios dessas e de outras terapias, a medicina integrativa tem sido incorporada pelas próprias instituições de saúde.

De forma geral, a medicina direciona seus esforços para o tratamento e a cura de doenças – com incríveis avanços, como as cirurgias robóticas e as terapias genéticas. Multiplicam-se os conhecimentos e as tecnologias. Mas será que isso é suficiente? Ou as pessoas querem algo mais do que recuperar a saúde entendida simplesmente como a ausência de doença? O fato é que, com ou sem conhecimento de seus médicos, muitas pessoas complementam o tratamento com práticas que, acreditam, podem trazer mais bem-estar e talvez acelerar a cura. Os pacientes podem, sim, colher benefícios com tais iniciativas. Mas podem também semear riscos. Como assegurar apenas o lado positivo desses tratamentos?

São esses benefícios que a chamada medicina integrativa busca promover: seus tratamentos se somam aos da medicina considerada “mais convencional”, agregando uma gama de práticas complementares da área de saúde, devidamente respaldadas por estudos científicos, algumas normatizadas por órgãos oficiais. O leque inclui medicina tradicional chinesa e indiana, homeopatia, fitoterapia, acupuntura, massagens, meditação, yoga, shiatsu, Reiki, Rolfing e RPG, entre outros. Só que, na abordagem integrativa, em vez de serem consideradas práticas distintas ou até incompatíveis com outros tratamentos médicos, elas têm sido incorporadas pelas próprias instituições de saúde.

Nos Estados Unidos, é algo consolidado – lá todo hospital tem um núcleo de medicina integrativa e o tema está inserido academicamente em dezenas de universidades. Mas no Brasil também já há várias instituições que dispõem de um setor de medicina integrativa, e mesmo o sistema público começa a adotar as terapias complementares com bons resultados. Na rede pública de Campinas (SP), o uso de antiinflamatórios decresceu 15% com a introdução de acupuntura e terapias corporais chinesas. Além de benefícios para o paciente, essa nova abordagem tem trazido ganhos adicionais na forma de menores custos dos tratamentos – algo bem-vindo em uma época em que, paralelamente aos avanços, os custos da medicina crescem de maneira exponencial.

A medicina integrativa encara as terapias complementares como potenciais agregadoras de valor. Procura entender os benefícios que podem advir delas, evitando riscos ou impactos negativos para o tratamento. E mais, permite que o paciente participe das escolhas terapêuticas. Aspectos como esses alinham a medicina integrativa aos modernos princípios de humanização do atendimento em saúde e de integração entre médicos, pacientes e familiares.

Estudos acadêmicos atestam os benefícios de várias terapias. A acupuntura, por exemplo, potencializa o efeito de medicações para prevenir a náusea e o vômito provocados pela quimioterapia. Meditação e massagens podem ajudar a reduzir o estresse e a dor. Yoga melhora a respiração e a postura. A lista é longa. Mas há também terapias que não têm eficácia e outras que podem trazer riscos e reações adversas. Um fitoterápico ou um chá – tidos às vezes como inofensivos porque são naturais – podem ter interações indesejáveis com o medicamento alopático que a pessoa está tomando ou gerar efeitos adversos. Por isso, é preciso realizar uma pesquisa criteriosa antes de optar por um tratamento complementar para checar sua eficácia e segurança.

Assentados nesse binômio eficácia-segurança, os tratamentos complementares devem aliar-se aos já prescritos pelo médico do paciente; jamais se opor a eles ou substituí-los. O paciente tem o direito, dentro dos limites de segurança para sua saúde, de ver acolhido o seu desejo de recorrer a essas terapias. E a sua vontade de participar ativamente do tratamento deve ser valorizada pelo médico, que tem o papel de ajudá-lo a escolher as práticas complementares mais eficazes para o seu caso. É dessa interação que a pessoa extrairá a melhor combinação de terapias, potencializando os benefícios em favor de sua saúde, equilíbrio e bem-estar.

Fonte: http://www.einstein.br