A acupuntura já está sendo usada pela
saúde pública como tratamento alternativo para lombalgia. Saiba como
funciona e os benefícios deste procedimento
Um estudo
divulgado no final de 2007 apontou a acupuntura como um método eficaz
para amenizar dores lombares persistentes. Segundo a pesquisa conduzida
por médicos da Universidade de Regensburg, na Alemanha, foram avaliados
mais de mil pacientes com idade média de 50 anos e dor lombar crônica. O
grupo que mais se beneficiou foi aquele submetido a sessões periódicas
para colocação de agulhas em pontos chaves (energéticos, conforme a
tradicional medicina chinesa) do corpo, em comparação com o grupo que
recebeu o tratamento tradicional à base de medicamentos. O trabalho foi
publicado na respeitada revista Archives of Internal Medicine, editada
nos EUA.
O uso dos recursos chamados alternativos para tratar dores em pontos
variados já é parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS), no
Brasil. No leque, estão incluídas a acupuntura, a homeopatia e as
práticas corporais como Lian Gong, que conta com seqüências específicas
para prevenir o aparecimento e também tratar lombalgias já instaladas,
como afirma o médico acupunturista Mário Cabral, assessor técnico da
área temática de Medicinas Tradicionais e Práticas Integrativas em Saúde
da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.
A acupuntura age no local para redução da dor e da inflamação e
contribui também para fortalecer o funcionamento da fisiologia corporal
como um todo ao ativar os pontos relacionados ao sistema shin (rins),
que controla também a região lombar. Segundo o acupunturista Mário
Cabral, é o desequilíbrio que causa as contraturas musculares e faz
aparecer desvios e lesões na coluna que vão causar dor. Já a técnica do
Lian Gong "traz benefícios evidentes, mas precisa ser orientado para
produzir os efeitos terapêuticos desejados", diz o biólogo e professor
de práticas corporais chinesas Jaime Kuk. Ele faz a ressalva de que há
casos em que a prática corporal, por si só, não resolverá o problema.
Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/