segunda-feira, 14 de julho de 2014

Equipamento eletrônico capta efeitos bioenergéticos da acupuntura

Pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) obtiveram novas evidências de que a acupuntura combate com eficiência os casos de dor crônica.

Já se sabe que a terapia das agulhas da acupuntura - uma técnica criada há mais de dois mil anos na China - estimula pontos do corpo que ativam áreas cerebrais, trazendo maior irrigação sanguínea e liberando substâncias que ativam áreas específicas ou beneficiam o organismo como um todo.

O tratamento consiste na aplicação de agulhas em determinados pontos do corpo, que se distribuem em especial sobre as linhas chamadas meridianos, reconhecidos pela medicina tradicional chinesa como canais que ligam a superfície do corpo aos órgãos internos, com a função de transportar a energia através do corpo.

Maurício Argenton Sofiato e Vera Lúcia Button monitoraram as alterações decorrentes de processos inflamatórios nos meridianos de 46 pacientes com dor crônica enquanto eles recebiam um tratamento de eletroacupuntura, que inclui a aplicação de uma pequena corrente elétrica às agulhas.

Fenômenos bioenergéticos

A acupuntura gerou fenômenos bioenergéticos que puderam ser captados e mensurados de forma segura por um equipamento eletrônico idealizado por Maurício, que empregou a técnica de bombeamento iônico, proposta pelo cientista Yoshio Manaka.

Nos anos 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, Yoshio Manaka desenvolveu uma técnica para o tratamento da dor de grandes queimaduras sem uso de medicamentos, já que, naquela situação, não havia outra opção.

Manaka chamou a técnica de bombeamento iônico, que consiste em ligar uma área doente a outra área sadia do mesmo paciente com as mesmas características energéticas. Ambas as áreas pertencem ao mesmo meridiano. Com isso, o médico japonês inferia a possibilidade de transportar íons de um lado para o outro, obtendo sucesso no controle dos processos dolorosos.

Segundo Maurício e Vera, a técnica deveria se chamar bombeamento elétrico, já que são elétrons que são conduzidos, e não íons, algo que sua pesquisa demonstrou.

Agora a dupla espera envolver uma equipe multidisciplinar para tentar construir um aparelho em escala industrial que possa ser usado nos consultórios dos acupunturistas.

"A ferramenta é barata e de simples aplicação", garante Maurício. "Desenvolver um aparelho nacional seria muito bom porque poderia aprimorar a qualidade da acupuntura oferecida nos consultórios brasileiros e baratearia o tratamento."

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br