
“No consultório, nós compreendemos que esse número é muito maior, o que falta é pesquisa para que se obtenham mais comprovações científicas”, acrescenta. Para ele, a falta de circulação de maiores informações restringe a prática, para o grande público, à imagem de um paciente cheio de agulhas no corpo. “Os pais ficam ‘Ai, vão colocar agulha no meu filho?!’. Algumas crianças até permitem o tratamento com agulha, outras já não conseguem. Não é a nossa intenção estressar a criança”, explica.
O especialista ressalta que a técnica deve ser feita preferencialmente com as agulhas, mas que é possível substituí-las pelo uso de sementes colocadas na orelha do paciente (técnica conhecida como auriculoterapia) ou utilizando lasers para estimular os pontos de acupuntura. Kopke acrescenta que o Shiatsu (massagem que usa a pressão dos dedos nos pontos) também pode ser usado para reestabelecer o equilíbrio.
“A acupuntura mesmo é feita a partir dos sete anos, quando já é possível trabalhar meridianos e canais energéticos, mas antes disso você pode fazer também, sem problema nenhum”, explica. Ele salienta a inexistência de contraindicações e que os menores podem ter os pontos estimulados através de massagem.
“Eu tinha um trabalho em uma escola municipal em Valença, no interior do Rio de Janeiro, com crianças com necessidades especiais e nós conseguimos grandes resultados. A maioria aceitava a utilização da agulha e alcançamos ótimos resultados no combate à asma, distúrbios do sono, irritabilidade, ansiedade e stress”, lembra. Kopke, que também é vice-presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais da Bahia (SINFITO-BA), enfatiza que o método pode ser tanto indicado pelo médico pediatra quanto procurado pelos pais da criança sem uma prescrição médica. “Às vezes as pessoas acham que precisam buscar um médico antes do acupunturista, mas pela legislação, pela legalidade, isso não é necessário”, adverte. Ele recorda que em 2012, os médicos tentaram tornar a acupuntura uma pratica exclusivamente da profissão, através do Ato médico - contudo a lei a acabou vetada pela presidente Dilma Rousseff.
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br