Para as mulheres
que atravessam a menopausa, as ondas de calor podem ser um dos sintomas
mais desconfortáveis. Mas estudiosos da The North American Menopause
Society sugerem que a acupuntura pode ajudar a reduzir a gravidade e
frequência das ondas de calor em mulheres na menopausa. Os resultados
foram publicados dia 07 de julho na revista Menopause.
Ondas de calor, conhecida também como fogachos, são definidas como
uma súbita sensação de calor sobre a totalidade ou parte do corpo. Elas
também podem causar vermelhidão no rosto e no pescoço, manchas vermelhas
nos braços, costas e peito, e transpiração intensa ou calafrios.
Muitos problemas de saúde podem causar ondas de calor, mas eles são mais comuns entre as mulheres passando pela menopausa.
A equipe de pesquisa analisou 104 estudos que avaliaram a eficácia da
acupuntura, incluindo 12 desses estudos em suas pesquisas, envolvendo
869 mulheres com idades entre os 40 e 60 anos que estavam passando pela
menopausa naturalmente.
O estudo descobriu que as mulheres na menopausa que foram submetidas à
acupuntura tiveram uma redução na gravidade e frequência das ondas de
calor nos três meses seguintes. Além disso, o tratamento parece ter um
efeito benéfico independentemente do número de doses, sessões ou a
duração do tratamento recebido.
O tratamento mais eficaz para as ondas de calor da menopausa é a
terapia hormonal - o uso de medicamentos que contém estrogênio ou
progesterona. No entanto, esse tratamento pode aumentar o risco de
outras condições de saúde, incluindo AVC, doenças cardíacas e câncer.
As mulheres incluídas no estudo foram submetidas a várias formas de
acupuntura, incluindo acupuntura tradicional, eletroacupuntura,
acupuntura à laser, acupuntura auricular e acupuntura medicinal
tradicional chinesa.
O grupo não é capaz de explicar porque acupuntura parece ajudar a
aliviar as ondas de calor em mulheres na menopausa. A hipótese é que a
prática pode reduzir a concentração de beta-endorfina - um neuropeptídeo
encontrado nas células do sistema nervoso central e periférico - no
hipotálamo do cérebro. Os cientistas dizem que os níveis mais baixos de
beta-endorfina podem ativar a liberação de peptídeo relacionado ao gene
da calcitonina (CGRP), que regula a temperatura corporal.
Aposte no cardápio que espanta os sintomas da menopausa
Ondas de calor, suores noturnos, ganho de peso, insônia,
irritabilidade, entre outros sintomas, são característicos do período. O
que caracteriza o período é a queda dos hormônios estrogênio e
progesterona, que costuma ocorrer entre os 45 e os 55 anos de idade.
"Esses desconfortos podem fazer da menopausa uma das fases mais difíceis
para a mulher nos campos emocional e físico. Mas uma dieta equilibrada e
suplementos alimentares aliviam os sintomas", afirma a nutricionista
Daniela Jobst.
Confira a seguir os alimentos que não podem ficar de fora do cardápio
durante a menopausa. A nutricionista Daniela Cyrulin dá uma dica
pontual para diminuir o calorão. "Tome uma xícara de chá feito com o
galho de frutas vermelhas, como de amoras", recomenda.
Soja apaga o fogaréu
Os efeitos da soja no
organismo das mulheres que enfrentam a menopausa, por exemplo, são bem
conhecidos. Isso porque ela é rica em isoflavona, um fitoquímico capaz
de atenuar os sintomas do fim da fertilidade por participar da produção,
do metabolismo e da ação dos hormônios sexuais.
Em outras palavras, as isoflavonas atuam como um substituto do
estrógeno (hormônio que sofre notável queda no período do climatério) e
contribuem para a manutenção do equilíbrio hormonal.
Três colheres de sopa de soja cozida ou uma fatia de tofu equivalem a
50 miligramas de isoflavonas, quantidade diária mínima para os efeitos
aparecerem.
"O consumo das isoflavonas presentes na soja diminui a intensidade e a
frequência dos calores, da sudorese, das irritações e até da insônia,
sintomas típicos da menopausa", afirma a nutricionista Tarsia Tormena,
da Unifesp.
Cálcio contra a osteoporose
Muitas mulheres
sofrem de osteopenia, que significa a diminuição da densidade mineral
dos ossos, e devem se prevenir contra a osteoporose. "Pra isso, devem-se
ingerir alimentos ricos em cálcio, tais como leite e derivados, nabo,
brócolis, folhas de mostarda e sardinha", explica a nutricionista
Daniela Cyrulin, de São Paulo.
A especialista também alerta para o cuidado na hora de consumir
alimentos que dificultam ou diminuem a absorção do cálcio na mesma
refeição, como os ricos em cafeína (café, chá preto e mate) ou os ricos
em ferro (carne, frango, feijão). "Se comer carne no almoço, por
exemplo, prepare um purê de batata sem leite", sugere.
Magnésio contra a irritação
Alimentos ricos em
magnésio também são essenciais. A deficiência deste mineral no organismo
resulta em fadiga e carência de enzimas envolvidas na produção de
energia. Prova disso é que uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria da
Inglaterra mostrou que os níveis deste mineral são mais baixos em
pessoas que sofrem de depressão. As oleaginosas (nozes, castanhas,
amêndoas) e peixes, como atum e salmão, são ricos nesse mineral.
Sardinha e aveia reduz a fadiga
Estes alimentos
são ricos numa substância chamada coenzima Q10, um antioxidante que está
envolvido com o processo de produção energética no nosso organismo. "A
coenzima Q10 diminui seus níveis com a idade, e a suplementação desta,
aumenta a energia, reduz fadiga, além de melhorar sistema imunológico e a
textura da pele", explica a nutricionista Daniela Jobst.
Para diminuir o inchaço, diminua o sódio
Para
reduzir as quantidades de sódio da alimentação, não basta somente
diminuir o sal na comida, mas também diminuir a ingestão de produtos
enlatados, conservas e industrializados. "Faça seu próprio molho de
tomate em casa e se escolher for consumir conservas, como atum,
azeitonas ou palmito, enxague-os em água antes de comer", recomenda a
nutricionista Daniela Cyrullin.
Chá branco combate o acúmulo de gordura
O chá
branco, mais rico em catequinas que o chá verde, tem um efeito
antioxidante aumentado, potencializando funcionamento hepático,
eliminação de toxinas do organismo e normalização de lipoproteínas
(lavacolesterol). Suas substâncias antioxidantes também aumentam o
metabolismo basal, auxiliando no controle do acúmulo de gordura
visceral.
Fonte: http://www.minhavida.com.br