"Embora já tenha sido demonstrado que a acupuntura reduz a dor crônica em adultos, há muito poucos dados sobre se ela é eficaz em crianças," explica a Dra Angela Johnson, da Universidade Rush (EUA), cuja equipe acaba de publicar um estudo a respeito na revista médica Alternative and Complementary Therapies.
"Este estudo analisou o efeito da acupuntura em crianças diretamente, em vez de analisar dados coletados de adultos. Este enfoque é especialmente importante, já que a as crianças experimentam a dor de maneiras diferentes do que os adultos," acrescenta ela.
Acupuntura em pacientes pediátricos
Os testes incluíram 55 crianças e adolescentes, entre 7 e 20 anos, que experimentam condições de dor crônica. Cada paciente recebeu até oito sessões de acupuntura prescritas individualmente, com duração de 30 minutos cada uma.
Todos os pacientes relataram quedas significativas e progressivas em todos os níveis de dor ao longo das oito sessões do tratamento, com reduções mais fortes da dor durante o início do tratamento. Os participantes também relataram reduções substanciais da dor do início até o fim de cada sessão.
Além disso, os pacientes pediátricos relataram reduções significativas nos problemas de saúde, emocionais, sociais e educacionais. Estes resultados foram corroborados por reduções semelhantes em observações relatadas pelos pais a respeito das mesmas questões.
Alternativa espetacular
Tratar crianças com dor crônica pode ser complexo devido à sua vulnerabilidade e porque, como estão crescendo, há o medo de causar efeitos a longo prazo. Apesar disso, os dados sobre a segurança e a eficácia de opções terapêuticas para crianças ainda são muito limitados.
"A acupuntura oferece uma alternativa espetacular para medicação da dor crônica. Isto é especialmente verdadeiro para os pacientes que podem ter de lidar com a dor na maior parte de sua vida, incluindo aqueles que têm anemia falciforme e sequelas de câncer. Além disso, a acupuntura ajuda com a ansiedade e a depressão," concluiu Paul Kent, oncologista pediátrico e principal autor do estudo.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br
