sábado, 13 de abril de 2013

Acupuntura para a dor

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Um referendo nacional indicou que mais de um quarto dos adultos norte-americanos experimentaram algum tipo de dor que durou mais do que um dia.

A dor é uma sensação desencadeada no sistema nervoso. Pode ser aguda ou latente, intermitente ou constante, localizada ou generalizada. Apesar da dor geralmente desaparecer quando o problema subjacente é removido, ela também pode durar semanas, meses ou anos.

Para aliviar a dor, muitas pessoas tomam medicamentos de venda livre incluindo aspirina, naprozem e ibuprofeno. Medicamentos mais fortes incluindo anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) em doses mais elevadas e narcóticos estão disponíveis apenas por meio de prescrição.

As pessoas podem também experimentar abordagens que não envolvam tomar medicamentos, como a terapia ocupacional, terapia comportamental e terapias complementares e alternativas, como osteopatia ou acupuntura.

A partir da perspectiva da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a dor é causada por desequilíbrios energéticos. Um deles é o bloqueio dos canais de energia ou meridianos. A energia ou qi deve fluir suavemente para manter a função normal do corpo e da mente. Sempre que existe um bloqueio dos canais de energia, surge dor na região. Em outras palavras, quando a energia está estagnada na área, isso provoca dor.

Os fatores envolvidos na origem do bloqueio dos meridianos incluem o trauma físico, estresse emocional e energia patogênica excessiva do ambiente, como calor, frio e umidade. Picadas de insetos e ingestão excessiva de álcool também contribuem para o problema. Este tipo de dor é normalmente aguda, severa ou intermitente e também localizada ou migratória.

Outro tipo de dor é causado principalmente por quantidade deficiente de energia se movendo no corpo ou por nutrição deficiente ocasionada por má circulação. Este tipo de dor normalmente é latente, crônica, consistente e localizada. Frequentemente, as pessoas têm dores causadas por ambas as condições referidas acima.

Os tratamentos de acupuntura são frequentemente aplicados após uma avaliação dos canais de energia e da determinação dos tipos de desequilíbrios energéticos presentes.

As agulhas de acupuntura podem sempre ser inseridas em zonas que apresentem maior sensibilização ou incômodo, chamados pontos Ashi. Além disso, uma combinação de pontos de acupuntura deve ser selecionada para abordar o desequilibro energético dos meridianos. Por exemplo, para um homem de meia idade com sintomas crônicos de dor lombar causados por deficiência de qi nos meridianos do rim e bexiga, alguns pontos nos meridianos correspondentes podem ser selecionados.

Após a seleção dos pontos, as técnicas de inserção e manipulação da agulha podem diferir dependendo do bloqueio ou da deficiência de energia. Por exemplo, se a energia está bloqueada, a agulha deve ser inserida na direção contrária ao fluxo do qi do meridiano e girada no sentido anti-horário. Se a energia é deficiente, a agulha é inserida na direção do fluxo do qi e girada no sentido horário.

Tradicionalmente, as pessoas recebem tratamentos diários de acupuntura com base em certas condições. Nos Estados Unidos, as pessoas recebem tratamento uma ou duas vezes por semana de acordo com suas possibilidades financeiras e de tempo. As pessoas necessitam persistir no tratamento por algumas sessões para realmente se beneficiarem.

A acupuntura vem sendo estudada por sua eficácia no alívio de muitos tipos de dor. Há descobertas promissoras em algumas condições, como dor lombar crônica e osteoartrite no joelho. O problema com a pesquisa é que ela frequentemente falha em averiguar corretamente os desequilíbrios do qi em cada paciente e não trata com a frequência ou persistência necessárias para demonstrar que sua eficácia vai além do efeito placebo.

Nos estudos em animais, a acupuntura parece estimular a produção de endorfinas e regular os neurotransmissores. Estudos neuropsicológicos em seres humanos indicam que a acupuntura pode reduzir a atividade elétrica na zona do cérebro envolvida na percepção da dor. Contudo, nenhum destes achados pode ainda explicar os dramáticos efeitos verificados na redução da dor.

Normalmente, a acupuntura é considerada segura quando realizada por praticantes experientes que usam agulhas esterilizadas. Há pouquíssimas complicações relatadas sobre a acupuntura. Eventos adversos sérios são raros, mas incluem infecções e órgãos perfurados.

Além disso, há menos efeitos adversos associados com a acupuntura do que com muitos tratamentos alopáticos, como medicação anti-inflamatória e injeções de esteroides, usados para controlar condições musculoesqueléticas dolorosas como fibromialgia, dor miofascial, osteoartrite e cotovelo de tenista.

Fonte: http://www.epochtimes.com.br/acupuntura-para-a-dor/

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Acupuntura e medicina tradicional chinesa na Saúde Mental - Parte 2

http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRye68dw6E3EyhrLZ9l-zBe4Ga3kEx69P1MXhp8QBT5CSxxwlt9lQDe acordo com a Medicina Tradicional Chinesa (MTC), o corpo humano é uma parte natural do universo e partilha as características da natureza.

Os quatro maiores pares de meridianos (canais de energia) partilham a natureza e energia dos cinco elementos. O meridiano do fígado partilha a natureza da madeira e do vento; o meridiano do coração a natureza do calor e do fogo; o meridiano do baço tem afinidade com a terra e a humidade; o meridiano do pulmão com o metal e a secura; e o meridiano do rim com a água e o frio.

Os ciclos e ko e shen explicam a relação de um elemento com outro. O ciclo shen descreve a relação de geração dos 5 elementos: a madeira pode gerar fogo, o fogo pode contribuir para a terra, a terra pode nutrir o metal, o metal pode ser derretido, a água pode ajudar a madeira a crescer.

As emoções associadas a estes elementos têm a mesma relação de geração (shen): o sentimento de realização (fígado) pode gerar alegria (fogo); a alegria (coração) promove a autoconfiança (terra); por sua vez, a autoconfiança promove a capacidade empreendedora (metal), que promove a motivação (água); e a motivação pode novamente dar origem a uma sensação de realização.

O ciclo ko descreve a relação de controle ou inibição entre os 5 elementos: água extingue o fogo; o fogo derrete o metal; o metal corta a madeira; a madeira perfura a terra; a terra bloqueia a água.

Do mesmo modo, existe a mesma relação de controle no que diz respeito ao aspecto emocional destes meridianos: o medo (rins, água) pode restringir o entusiasmo (coração, fogo); entusiasmo pode controlar a tristeza (pulmão, metal); a tristeza pode reprimir a raiva (fígado, madeira); a raiva pode sobrepor-se à preocupação (baço, terra); e a preocupação pode sobrepor-se ao medo.

Por exemplo, um paciente que chora pode estar encobrindo um sentimento de raiva subjacente; raiva pode se manifestar como preocupação. O medo pode ser usado para controlar o entusiasmo (excessivo) e a busca por atividades excitantes podem se usadas para evitar a angústia.

O objetivo homeostático do sistema vivo é manter os 5 elementos em equilíbrio. Quando um elemento é excessivo ou deficiente, isso afeta a relação desse elemento com outros elementos.

A energia da madeira, quando em excesso, pode se tornar rebelde ao controle da energia do metal e sobrepujar-se a energia da terra. Quando a energia do fígado está estagnada por raiva excessiva e ressentimento, isso pode causar sintomas no meridiano do pulmão, tal como tosse, sibilo e angústia, que afetam o meridiano do baço, causando sintomas como indigestão, fadiga e preocupação.

Quando um elemento é deficiente, ele pode falhar em sua função de geração e inibição. Por exemplo, se o qi do rim estiver em deficiência, devido a suas relações inerentes ao ciclo shen e ko isso pode causar deficiência no meridiano do fígado o que pode provocar perturbações de sono, vertigens e depressão e um excesso no meridiano do coração pode causar palpitações, ansiedade e insônia.

Portanto, os sinais clínicos de um meridiano ou elemento em particular podem ser uma manifestação primária desse elemento ou meridiano correspondente ou uma manifestação secundária relacionada com outro meridiano, que ocorre em virtude das relações entre eles. Um praticante experiente de MTC tem meios de averiguar estas questões e determinar se a disfunção é primária ou secundária.

De acordo com a teoria da MTC, os meridianos possuem pontos na superfície do corpo que estão em comunicação constante com o ambiente exterior. Estes pontos na superfície, chamados de pontos de acupuntura podem ser usados para manipular a condição do qi (energia) via os meridianos que alcançam o interior do corpo.

Na prática clássica da MTC, o praticante tem de avaliar o qi do paciente e os meridianos envolvidos para decidir uma estratégia de tratamento. Ele ou ela combinará pontos e técnicas manipulativas para restaurar o equilíbrio. Praticantes bem treinados farão o inquérito sistemático de sintomas e examinarão os sinais, incluindo o diagnóstico da língua e do pulso, para elaborar a avaliação.

Em tempos modernos, a acupuntura não é sempre praticada de acordo com o enquadramento teórico da MTC clássica. Alguns utilizam as agulhas com estimulação elétrica para aumentar sua eficácia.  Outros desenvolveram protocolos de tratamentos fixos para cada condição que o paciente apresente sem realizarem o diagnóstico do qi e dos meridianos envolvidos.

As inconsistências na abordagem e utilização da acupuntura podem justificar parcialmente as diferenças entre estudos. Quando aplicada de acordo com os princípios da MTC, a acupuntura apoia-se na avaliação energética que depende da experiência clínica do acupuntor e de sua formação prática e teórica nos fundamentos da MTC.

A diferenciação individualizada dos padrões de energia e a customização da manipulação das agulhas tornam mais difíceis replicar estudos e a padronizar protocolos experimentais.

Fonte: http://www.epochtimes.com.br/acupuntura-e-medicina-tradicional-chinesa-na-saude-mental-parte-2/

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Acupuntura e medicina tradicional chinesa na Saúde Mental - Parte 1

Saúde MentalA Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é um sistema completo de tratamento que apareceu pela primeira vez em forma escrita por volta de 100 anos a.C. Desde então, China, Japão, Coreia e Vietnam têm desenvolvido suas versões distintas do sistema chinês original.

A MTC descreve a fisiologia e a psicologia humanas em termos de qi (ou “chi”), uma energia vital que circula pelos canais de energia chamados meridianos. A MTC relaciona de forma única funções mentais e físicas específicas com os meridianos correspondentes.

O equilíbrio do qi é descrito em termos de yin e yang, que representam as qualidades opostas da energia. Os seres humanos são considerados saudáveis quando o qi que circula em cada meridiano é balanceado de acordo com o yin e yang, em quantidade suficiente e movendo-se livremente na direção correta.

A acupuntura é uma das principais modalidades de tratamento da MTC e o mais antigo e comum procedimento médico no mundo. A acupuntura tem sido usada sozinha ou integrada com a medicina ocidental para tratar uma variedade de condições psiquiátricas, tal como a depressão, ansiedade, insônia, dor e dependências. Existe um vasto leque de literatura médica que embasa o uso da acupuntura.

O qi é um conceito fundamental na MTC. O qi é uma forma de energia que existe dentro e fora do corpo humano. Por exemplo, termos comuns descrevem a fisiologia humana, como o qi do sangue, qi de defesa, qi dos órgãos, qi dos meridianos, qi nutricional, e aqueles que descrevem a energia patogênica proveniente do exterior, como o qi do vento, umidade, calor, frio e secura, refletem que o qi é a energia que existe por trás de todos os aspectos ou funções do ser humano e do universo que nos rodeia.

Tendo este conceito em mente, o qi também descreve as funções mentais e as emoções. Na língua chinesa, as emoções são seguidas da palavra qi, por exemplo, raiva é chamada de “qi raiva” e alegria é “qi alegria”. Portanto, quando uma intervenção é realizada com acupuntura ou fitoterapia (medicina de ervas), isso não só afeta as funções físicas do corpo, mas também as funções mentais e as emoções.

A qualidade do qi é categorizada em dois grandes grupos: yin e yang. Yin e yang são energias opostas, mas interdependentes. O qi yang necessita da nutrição do qi yin para realizar suas funções e o qi yin necessita da função do qi yang para ser produzido e utilizado.

Quando o qi yin é deficiente, o qi yang se tornará excessivo. Isto pode se manifestar em sintomas como ondas de calor, suores noturnos, ansiedade, inquietude, alta tensão arterial e obstipação. Quando o qi yang é deficiente, o qi yin torna-se excessivo, e pode provocar o aumento da sensação de frio, fadiga, diarreia e metabolismo lento, com retenção de líquidos, baixa tensão arterial e ação psicomotora lenta.

A depressão grave é uma manifestação psíquica extrema do excesso de yin e deficiência de yang. A mania é o oposto, com manifestação extrema do qi yang e deficiência do qi yin. A transição anormal entre yin e yang extremos é similar ao padrão cíclico das desordens bipolares. Um tratamento inicial de médicos da MTC é equilibrar o qi yin e o qi yang.

Devido à natureza inclusiva e inter-relacionada do sistema de rede dos meridianos na MTC, correspondências específicas entre cada meridiano e suas funções físicas e emocionais estão presentes por todo o sistema, tornando-o um paradigma completo para compreender a saúde física e mental.

As expressões cognitivas e emocionais são vistas como componentes do qi e cada meridiano é responsável por funções mentais e emocionais específicas. Por exemplo, a angústia é expressa pelo meridiano do pulmão e as pessoas que passam por um período de angústia estão mais susceptíveis a infecções respiratórias do trato superior.

Enquanto o modelo biomédico pode  explicar essa associação em termos de uma resposta imunológica fragilizada devido a estresse crônico emocional, a MTC caracterizaria o problema em termos de estresse emocional causando desequilíbrio do meridiano do pulmão (que governa a sentimento de angústia), tornando-o relativamente deficiente de qi.

Em MTC, as emoções e funções mentais não estão confinadas ao cérebro, mas são vistas como a interação entre o cérebro e os meridianos. Outra forma de compreender isto é que o cérebro faz parte de cada meridiano individual. A saúde de cada meridiano afeta o cérebro, que é chamado de ‘órgão extraordinário’ na MTC.

O Dr. Yang é um psiquiatra e acupunturista licenciado e a quarta geração de médicos tradicionais chineses. Seu website é taoinstitute.com

Fonte: http://www.epochtimes.com.br/a-acupuntura-e-medicina-chinesa-na-saude-mental-part-1/