domingo, 22 de janeiro de 2012

Entenda como o hospital Einstein utiliza a acupuntura

Procedimento foi incluído no hospital há seis anos e é associado a outros tratamentos

Durante muito tempo, as práticas ligadas à medicina oriental foram vistas de forma duvidosa pelos médicos do ocidente. No entanto, com o passar dos anos, estudos foram realizados e paulatinamente a eficácia desses métodos passou a ser reconhecida e vem ganhando espaço dentro de instituições de saúde, sendo vista como uma forma de medicina complementar.

Uma das instituições aonde essa prática vem sendo instituída é o Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. "O hospital incluiu a acupuntura há seis anos como opção de tratamento. "O procedimento é feito no centro de reabilitação e é associado a outros tratamentos", explica o especialista em medicinas complementares do Hospital Albert Einstein, Mário Sérgio Rossi Vieira.

Ele conta que o tratamento é utilizado em casos típicos de pacientes que estão fazendo reabilitação cardíaca e começam a ter dores nos joelhos por causa de artrose. Ou pacientes que estão fazendo reabilitação muscular. Além disso, pessoas que estão internados com derrame e começam a ficar com o corpo paralisado ou, ainda, pessoas que sentem dores nos ombros.

Vieira explica que em termos históricos a acupuntura chegou ao Brasil nos anos 60. "A prática veio junto com o movimento de contracultura. Isso começou na Europa, foi para os Estados Unidos e um pouco dessa tendência acabou vindo para o Brasil", conta Vieira.

De acordo com especialista, havia um viés tendencioso tanto do ocidente como do oriente. A medicina era vista como uma coisa fantasiosa, mágica, não cientifica e muitas vezes perigosa. Em contrapartida, os praticantes da medicina oriental criticavam a medicina ocidental por ser uma medicina de indústria capitalista, venenosa, que fazia com que o homem tomasse muitos remédios. E com isso essas duas frentes não se entendiam.

No entanto, isso foi mudando a partir dos anos 70, quando foi se tendo um contato melhor e menos preconceituoso com alguns dos efeitos que a acupuntura pode fazer. O marco fundamental, segundo o especialista, foi uma viagem que o presidente Nixon fez para a China e um dos acompanhantes teve uma apendicite e precisou ser operado e grande parte do tratamento pós-operatório foi feito com acupuntura. "Isso chamou atenção da imprensa americana e das grandes universidades para entender como funcionava".

O especilaista em medicina complementar alerta que a acupuntura dentro dos hospitais deve ser feita por profissionais capacitados.

Fonte: http://www.cetn.com.br