Não é de hoje que muitas pessoas usam a acupuntura para tentar ficar longe do cigarro, do álcool ou da cocaína, entre outras drogas. Alguns estudos já mostraram a eficácia da técnica milenar chinesa, hoje incorporada à medicina ocidental, mas o mecanismo por meio do qual as agulhas produzem resultados nunca foi muito claro. Um estudo feito por pesquisadores sul-coreanos e publicado na revista Addictive Research forneceu novas evidências nessa área.
O experimento consistiu em espetar uma agulha de acupuntura na pata anterior direita de ratos, cujo cérebro foi simultaneamente rastreado por ressonância magnética funcional. As imagens revelaram diminuição do fluxo sangüíneo em diversas áreas em que predominam neurônios que usam dopamina, o que indica redução da liberação desse neurotransmissor.
Em um estudo relacionado, os cientistas inseriram uma cânula no cérebro dos animais para medir diretamente o efeito neuroquímico. Depois de os ratos receberem anfetamina, a acupuntura reduziu os níveis de dopamina em metade do tempo necessário para que o mesmo fenômeno ocorresse sem o uso das agulhas. A hipótese dos autores é que a técnica chinesa induz a liberação de outros neurotransmissores, que por sua vez inibem a transmissão dopaminérgica, o que na prática levaria a uma sensação de saciedade, diminuindo a probabilidade de recaídas.
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