quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Acupuntura nas doenças inflamatórias intestinais

Desde há muito tempo que muitos dos meus pacientes recorrem às minhas clínicas em que para além de outras patologias, abordam ter problemas intestinais e dão-se por vencidos por não encontrarem uma solução terapêutica funcional.

Colite ulcerosa, doença de Crohn, doença inflamatória intestinal ou até síndrome de cólon irritável, quando diagnosticadas, são assumidas como perturbações para o resto da vida, porém existem terapêuticas alternativas que poderão solucionar e aumentar a qualidade do bem-estar.

A medicina chinesa, mais concretamente a acupuntura e a fitoterapia (medicação natural) têm uma grande eficácia na resolução da inflamação intestinal. Sintomas como desconforto abdominal, sensação de pressão na barriga, calor intestinal, cólicas, náuseas, vómitos, aftas, perda de peso, distúrbios oculares, artrite, febre, perda de apetite, diarreia crónica com vestígios de sangue e muito líquida, distúrbios dermatológicos, anemia com deficiência de ferro, fadiga, entre outros, fazem parte do dia a dia de muitas pessoas que tentam contornar estas caraterísticas da sua saúde pessoal.

Temos que nos adaptar e mudar para um mundo mais ecológico e sustentável, como tal, devemos, desde já, iniciar uma consciencialização global de que existem outras formas para resolver problemas de saúde.

Através de uma breve pesquisa encontrei a seguinte citação:

“Num estudo realizado na Noruega foi comprovado que o uso da medicina complementar e alternativa é comum entre as pessoas que sofrem de doenças inflamatórias do intestino, o que corresponde a 49% de pessoas referente ao ano anterior em que o estudo foi realizado. Na Espanha, 23% dos pacientes, que sofrem de doenças inflamatórias intestinais, utilizam métodos alternativos.”

Para os amantes da evidência científica poderei ainda citar que no World Journal of Gastroenterology, um jornal de elevado relevo na comunidade médico-científica, a eficácia exemplar do tratamento na doença de Crohn de acupuntura foi de 83,72%, sendo expressiva a redução da inflamação intestinal que se refletiu na redução significativa dos valores de CRP (proteína c-reativa) e ESR (taxa de sedimentação de eritrócitos).

Vejamos agora um caso clínico real de uma das nossas clínicas:

F. Silva, 55 anos, diagnosticado com doença de Crohn há cerca de 13 anos. Após o 5º tratamento, começou a apresentar diminuição da intensidade das diversas sintomatologias. Quando atingiu o 9º tratamento, o mesmo referiu que a sua vida tinha regressado a uma normalidade que já nem se recordava. A sua qualidade de vida pessoal e o bem-estar social deixou de ser um problema tão severo.

“Quase que me esqueço que sofro desta doença!”

Foi esta a citação que me levou a partilhar, mais uma vez, um pouco do conhecimento sobre medicina chinesa e o quanto pode contribuir de forma natural na resolução de doenças crónicas.

Fonte: https://www.radiovaledominho.com/saude-acupuntura-nas-doencas-inflamatorias-intestinais/

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Acupuntura garante mais qualidade de vida para animais

Terapia milenar vem ganhando espaço em clínicas para pets desde o fim dos anos 90; método é usado para tratar, por exemplo, problemas ósseos e comportamentais

Aventureira e bem-disposta, Diva costumava encarar trilhas, mesmo as difíceis, e sempre aceitava, sem pestanejar, convites para longas caminhadas. Agora, com cerca de 13 anos, a cachorrinha caramelo sente a idade pesar sobre as costas, que doem. Quando os passeios pareciam não mais se encaixar na rotina dela e a cadelinha já estava toda borocoxô depois de ficar de molho por dois dias, Diva foi apresentada à acupuntura.

Milenar técnica terapêutica oriental, cujos benefícios em humanos são bem conhecidos, a prática vem sendo usada em consultórios veterinários desde o fim dos anos 90. Hoje, explica o mestre em ciência animal e acupunturista Bruno Lapertosa, sabe-se de sua eficácia quando a terapia é integrada ao tratamento de patologias ósseas e musculares, de problemas neurológicos e dermatológicos, de distúrbios comportamentais e para reabilitação pós-operatória.

Ainda no primeiro mês de tratamento, a mestiça caramelo já apresentou melhora e deixou de ter crises de dor, que a deixavam imobilizada. A terapia, no entanto, não foi a primeira opção a que sua tutora recorreu: “Quando notei que ela estava com dores na coluna, perto da base do rabo, entrei logo com medicação”, lembra a psicóloga Cristiana Pereira Moura, 46. 

Ocorre que Diva já frequentava uma clínica de medicina veterinária integrativa. Então, “foi um pulo para que a técnica fosse sugerida”. “No início, fazíamos uma sessão toda semana e, à medida que os sintomas de dor foram desaparecendo, fomos espaçando as visitas”, lembra a tutora. Há um ano, a cachorrinha recebe em casa um veterinário acupunturista mensalmente. Ela não precisa mais tomar medicação para dores musculares.

Cristiana observa que, claro, a cachorrinha “não consegue mais dar saltos altos ou caminhar por muito tempo. Por causa da idade, não dá para abusar, mas, agora, ela já caminha sem dor”, sinaliza a psicóloga, que resgatou a “companheira de todas as horas” em uma rodovia nas adjacências de Belo Horizonte.

De forma resumida, “é uma terapia usada para garantir mais qualidade de vida para os animais”, explica o médico veterinário Lapertosa. Embora a acupuntura possa ser aplicada a espécies de grande e de pequeno portes, e até mesmo em aves e répteis, são os gatos e, principalmente, os cães os principais pacientes do profissional.

“É importante dizer que não estamos falando em milagre e que o uso da terapia deve ser avaliado caso a caso”, alerta ele, lembrando que a técnica vai se integrar ao tratamento clínico.

Normalmente, os resultados começam a ser notados na segunda ou na terceira sessão, mas é preciso ter paciência. “O protocolo inicial é que as aplicações aconteçam uma vez por semana, de três a cinco semanas. Em função da melhora do animal, a gente determina o intervalo, vai espaçando”, situa Lapertosa, completando que esse “é um tratamento em longo prazo e, usualmente, contínuo”.

Domiciliar

Acupunturista veterinário, Bruno Lapertosa opta por oferecer atendimento domiciliar, pois, na maioria das vezes, os animais são idosos e apresentam dificuldade de locomoção.

Ação analgésica e anti-inflamatória

A enfermeira Danielle Gonçalves Abranches, 34, convive há 13 anos com a Mel, uma cachorrinha mestiça com traços da espécie Dachshund que encontrou na acupuntura animal uma possibilidade para seu bem-estar.

No início de 2019, ela descobriu na cadelinha um tumor de mama. Em meio ao tratamento, outras complicações foram diagnosticadas. “Exames de sangue apontaram para alterações na função hepática. Voltamos ao oncologista, mas, felizmente, não tinha relação com o câncer”, recorda Danielle. 

“A Mel passou por exames endocrinológicos, e descobrimos que havia um problema hormonal e uma disfunção da glândula suprarrenal”, cita.

A série de problemas fazia com que Mel sofresse com pequenas crises de convulsão. Algumas vezes, os tremores causavam desequilíbrio, e ela chegava a cair. “O problema é que a medicação indicada para tratar esse quadro ataca o fígado, que já estava inflamado”, conta ela. 

Como explica o médico veterinário Bruno Lapertosa, a acupuntura possui ação anti-inflamatória e analgésica. Assim, foi eficiente para os cuidados demandados por Mel – sempre associados ao acompanhamento clínico. “A gente percebeu que, logo nas primeiras sessões, os tremores foram reduzindo. Hoje, ela quase não tem crises”, garante Danielle.

Fonte: https://www.otempo.com.br/interessa/acupuntura-garante-mais-qualidade-de-vida-para-animais-1.2262590

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Acupuntura para o tratamento da dor crônica

Somente no Brasil, estima-se que aproximadamente 37% da população sofre com algum tipo de dor crônica. Esse quadro fica ainda pior quando consideramos que quase metade dessas pessoas que têm dor também pode desenvolver depressão, já que ela está ligada à emoção e ao senti-la são desencadeadas algumas alterações no sistema nervoso central.

Para o tratamento da dor, além dos medicamentos analgésicos e antiinflamatórios, a Acupuntura, terapia criada há mais de três mil anos na China e, desde 1995, é reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Atualmente, o SUS - Sistema Único de Saúde - e os planos de saúde fornecem essa opção de tratamento aos usuários, tem se mostrado cada vez mais eficaz para tratar, controlar e até mesmo eliminar as dores crônicas.

Existem alguns tipos de dores mais comuns, como síndrome dolorosa miofascial, dores lombares e músculo-esqueléticas, tendinites, dores nas articulações fibromialgia, dor da hérnia de disco, dores oncológicas e neuropáticas. Há ainda os variados tipos de enxaquecas, ocasionados pelo estresse, mudanças hormonais (TPM), ingestão de alimentos gordurosos e/ou lácteos, jejuns prolongados, mudanças bruscas de temperatura, dentre outros fatores.

Já algumas dores são oriundas de problemas posturais ou devido ao excesso de peso, sedentarismo, lesões pelo uso repetitivo de celulares, computadores e maquinários, no caso de pessoas que trabalham na indústria.

O mecanismo de ação da Acupuntura funciona a partir da inserção da agulha que estimula terminações nervosas presentes na pele e nos tecidos subjacentes, principalmente nos músculos. Por meio desses esses estímulos que seguem pelos nervos periféricos até o sistema nervoso central (medula e cérebro), onde são liberadas diversas substâncias químicas conhecidas como neurotransmissores que desencadeiam uma série de efeitos importantes, tais como, analgésico, antidepressivo, antiinflamatório, ansiolítico e relaxante muscular, além de uma ação moduladora sobre as emoções, os sistemas endócrino e imunológico e sobre várias outras funções orgânicas do paciente.

Os pacientes que sofrem com dor e utilizam a Acupuntura como opção de tratamento fazem menos uso de medicação, têm menos crises e, por conseqüência, mais qualidade de vida. Além disso, a Acupuntura proporciona melhora em outros aspectos como, por exemplo, do sistema imunológico, harmonização do estado emocional do paciente e melhor disposição mental e física.

É conveniente ressaltar que aliado ao tratamento com Acupuntura, o paciente deve desenvolver hábitos alimentares saudáveis, praticar exercícios, na medida do possível, e manter um equilíbrio entre o trabalho e o descanso.

Em geral, aconselha-se iniciar o tratamento com uma ou duas sessões por semana e adequar esse número de acordo com a evolução do tratamento. A melhora, muitas vezes, é notada imediatamente, isto é, logo após a sessão. Conforme os dias vão passando, a dor crônica tende a voltar. Mas, geralmente, a partir da décima ou décima - segunda sessões nós podemos constatar uma melhora significativa das dores, diminuindo o consumo de medicamentos para dor e melhorando a qualidade de vida do paciente.

Fonte: https://www.segs.com.br/saude/198273-acupuntura-para-o-tratamento-da-dor-cronica

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Qual a eficácia da acupuntura na angina crônica estável?

Qual a eficácia e segurança do uso da acupuntura como terapia adjuvante para tratamento da angina crônica estável? Para buscar responder essa pergunta, um grupo de pesquisadores da Escola de Acupuntura e Tuina, da Universidade Chengdu de Medicina Tradicional Chinesa, desenvolveu um estudo clínico multicêntrico e randomizado, que avaliou esta técnica como terapia adjuvante para tratamento antianginoso e redução de frequência de episódios anginosos em pacientes com angina estável crônica.

Acupuntura na angina estável

Angina estável crônica é o principal sintoma da isquemia miocárdica e está associada a um maior risco de eventos cardiovasculares e morte súbita de origem cardíaca. Esta enfermidade afeta mais de 3,4 milhões de adultos acima de 40 anos por ano. O tratamento farmacológico atual se baseia em prevenir os episódios anginosos, controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida e prevenção de eventos cardiovasculares.

Métodos do estudo

A pesquisa clínica randomizada teve duração de 20 semanas com pacientes externos e internos dos centros clínicos da China entre outro de 2012 a set de 2015, totalizando 404 participantes entre 35 e 80 anos com angina estável crônica com base no critério diagnostico do Colégio Americano de Cardiologia e Associação Médica do Coração, com angina com frequência de três vezes por semana, que foram divididos em quatro grupos:

Grupo 1: Os pacientes deste grupo receberam acupuntura no meridiano afetado pela enfermidade anginosa. Os pontos escolhidos para esse grupo foram CS 6 (circulação e sexo 6) e TA5 (triplo aquecedor 5) bilateralmente. Acupontos relacionados com o meridiano do coração e do pericárdio. Foi realizado estimulo manual na inserção das agulhas para produção do deqi (sensação de choque, irradiação ou distensão). Foi colocado também uma agulha auxiliar a 2 mm do acupunto escolhido e com 2 mm de profundidade sem estímulo manual. Este método ajudar a direcionar os estímulo elétrico para o acuponto. Por fim foi realizado estimulação elétrica de 2Hz com intensidade de 0,1 a 2,0 mA (Modelo LH200A, HANS therapy Co).

Grupo 2: Os pacientes deste grupo foram tratados com acupuntura em acupontos não afetados pelo meridiano. Foram escolhidos as acupuntos P9 e P6 (ambos do meridiano do pulmão). Foi realizado estimulo manual na inserção das agulhas para produção do deqi (sensação de choque, irradiação ou distensão). Foi colocado também uma agulha auxiliar a 2 mm do acupunto escolhido e com 2 mm de profundidade sem estímulo manual. Este método ajudar a direcionar os estímulos elétricos para o acuponto. Por fim foi realizado estimulação elétrica de 2Hz com intensidade de 0,1 a 2,0 mA (Modelo LH200A, HANS therapy Co).

Grupo 3: Os pacientes desse grupo foram submetidos ao tratamento placebo de acupuntura. Foram usados 2 pontos padrões placebos como realizado em estudo prévio, sem estimulação manual e sem eletroacupuntura.

Grupo 4: Os pacientes de grupo não foram expostos ao tratamento de acupuntura.

Todos os participantes dos quatro grupos receberam a terapia antianginosa de acordo com as recomendações dos guidelines. Participantes dos grupos 1, 2 e 3 receberam tratamento com acupuntura três vezes na semana por quatro semanas, sendo submetidos cada um por um total de 12 sessões. Os participantes do grupo 4 não receberam acupuntura durante as 16 semanas do período estudado. A acupuntura foi realizada por acupunturistas com mais de três anos de experiência. Os participantes fizeram uso de anotações em diários para relembrar os episódios anginosos. O desfecho primário foi a mudança de frequência dos ataques anginosos durante as quatro semanas dentro das 16 semanas.

Os seguintes critérios de inclusão foram utilizados: participantes do sexo feminino ou masculino entre 35 e 80 anos, apresentando angina por mais de 3 meses com episódios anginosos ocorrendo no mínimo duas vezes por semana. Já os critérios de exclusão foram: pacientes com as seguintes condições foram excluídos do estudo: infarto do miocárdio prévio, insuficiência cardíaca grave, doença cardíaca valvar, arritmias graves, fibrilação atrial, cardiomiopatia primaria, transtornos psiquiátricos, alérgicos ou discrasias sanguíneas, diabéticos e hipertensos descompensados, outras doenças primarias grave sem controle adequado, doença cardíaca tratada com acupuntura nos últimos 3 meses, gestante ou lactante ou estar participando de outras pesquisas clínicas.

Resultados

Total de 398 participantes (253 mulheres e 145 homens foram incluídos analise de dados com intenção de tratamento. As principais mudanças de frequências de episódios anginosos variaram bastante entre os 4 grupos durante as 16 semanas. Uma maior redução foi observada no grupo 1 quando comparado com o grupo 2, 3 e 4 . Portanto, a grupo 1 apresentou um tratamento adjuvante superior na angina estável crônica.

Conclusão

A acupuntura foi realizada de forma segura em pacientes com leve a moderada angina estável crônica. Quando comparado com os grupos 2,3 e 4, o grupo 1 que recebeu acupuntura como tratamento adjuvante apresentou maiores benefícios dentro das 16 semanas, como pode ser observado na figura 2. Deste modo, a acupuntura pode ser considerada com uma opção terapêutica adjuvante para alivio de angina em pacientes com angina estável crônica.

Pesquisa clínica randomizada

O que significa uma pesquisa clinica randomizada? Dos vários tipos de estudos experimentais, o de uso mais frequente, uma vez que proporciona evidências mais fortes, é o ensaio clínico randomizado (ECR). A alocação dos sujeitos de pesquisa pode ser de forma aleatória (randomizada) ou não aleatória. Os ensaios clínicos são estudos nos quais um grupo de interesse em que se faz uso de uma terapia ou exposição é acompanhado comparando-se com um grupo controle bibliografia.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Acupuntura em bebês e crianças melhora as cólicas e o sono

Muitas pessoas não sabem, mas a acupuntura pode ser aplicada em bebês dias após o nascimento. A técnica é utilizada há mais de dois mil anos e é segura, desde que seja aplicado por um médico profissional. Ela ajuda em diferentes momentos do crescimento infantil, prevenindo, por exemplo, as temidas cólicas, além de melhorar o sono e no tratamento de diversas doenças, como asma, dores de cabeça e rinite.

A técnica é baseada na Medicina Tradicional Chinesa que, em sua essência, é preventiva. Ou seja, há o claro pensamento que o mais importante é a prevenção das doenças e a manutenção da saúde e não o tratamento em si. Um famoso provérbio chinês, inclusive, resume bem esse modo de pensar, ao alegar que "esperar ter sede para cavar um poço pode ser tarde demais".

Mesmo assim, a infância segue sendo o único momento da vida em que a maioria das pessoas não se preocupa com a prevenção. E, depois dessa fase, uma parcela considerável da população costuma recorrer ao médico apenas quando já se está doente.

Benefícios da acupuntura em bebês e crianças

De uma maneira geral, além do tratamento de doenças nas crianças, a acupuntura pode atuar na prevenção delas e também ser uma alternativa no uso de medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios.

A técnica consiste no uso de agulhas em pontos específicos do corpo, a fim de estimular a liberação de substâncias químicas na região. A proposta é recuperar os fluxos energéticos do organismo.

Além de doenças, há situações muito comuns à faixa etária pediátrica (de 0 a 12 anos) que podem ser tratadas, como a agitação em excesso, problema no ritmo de aprendizado e alimentação desregulada. A medicina chinesa entende que há uma agitação interna no corpo, que pode ser regulada por meio da acupuntura pela ativação de pontos.

Quanto às cólicas, mais comuns entre 0 e 3 anos, podem ser causadas por disfunções no baço pâncreas, associadas ao sentimento de preocupação, já que os pacientes infantis estão muito suscetíveis ao ambiente emocional familiar. Diante disso, em 90% dos casos a mãe da criança também é tratada.

Quem pode fazer acupuntura em crianças?

Porém, antes de sair por aí em busca desses excelentes benefícios, há a necessidade que os pais ou responsáveis encontrem um profissional médico acupunturista e que tenha, obrigatoriamente, experiência em pediatria.

Isso porque, além de plenamente preparado para fazer o diagnóstico correto, esse profissional será o responsável por acompanhar a completa evolução da criança. Por isso, é imprescindível que ele tenha uma vivência em relação ao comportamento de recém-nascidos e bebês, já que há uma série de peculiaridades. Entre elas, estão o medo que as crianças possuem da agulha, o fato de estarem adoecidas e precisarem de diagnóstico médico e a anatomia e constituição emocional diferente do adulto.

Por exemplo, de nenhuma forma é indicado inserir agulhas nas fontanelas (moleiras) dos recém-nascidos e em áreas do tórax, pelo risco de iatrogenia (pneumotórax). Sendo assim, para que o método seja feito sem nenhuma preocupação ou risco, o médico deve ser amplamente capacitado, tendo condições de passar um diagnóstico correto da criança e a melhor terapêutica para aquela condição.

Como a acupuntura em bebês e crianças é feita


Embora a finalidade do tratamento seja basicamente a mesma realizada em um adulto, a Acupuntura para bebês e crianças tem suas distinções. Na prática, segue o protocolo de qualquer consulta pediátrica, com pesagem da criança, medição de crescimento e avaliação de eventuais exames.

Além disso, o profissional analisa duas regiões que revelam o estado de saúde, com base no critério da medicina oriental: a língua e a pulsação.

Ao iniciar o tratamento, a técnica respeita o limite que cada faixa etária consegue permanecer com as agulhas. Em geral, adultos permanecem entre 40 e 50 minutos. Adolescentes, um pouco menos, cerca de 30 minutos. Crianças de entre 4 a 8 anos, no máximo, de 15 a 20 minutos. Já bebês e crianças menores de três anos, não ultrapassa 10 minutos. É respeitada, porém, a tolerância de cada um, considerando questões como a personalidade, a doença em si ou o que se pretende prevenir. Conforme o vínculo entre o médico e a criança é criado e ela se acostuma, o tempo aumenta.

Outra diferença entre adultos e crianças se refere ao tamanho da agulha, que deve também ser adequado ao tamanho. A frequência no número de sessões e número de agulhas é outro aspecto importante, dependendo muito do estado de saúde e a doença de cada criança, além da gravidade e da cronicidade.

Em geral, na primeira consulta é colocado um número menor de pontos e a criança é consultada sobre a próxima sessão, sendo combinado o número de agulhas e o que será feito. Em geral, na 3ª sessão o benefício já é notado.

Normalmente, o retorno é semanal, porém, dependendo da doença e do estado da criança, são solicitados retornos mais curtos, como a cada dois dias, por exemplo. Essa medida ajuda a monitorar a regressão da doença.

Ainda pouco difundido no país, a Acupuntura infantil tem uma das suas principais bases o Hospital São Paulo, que abriga, há duas décadas, um serviço especializado em acupuntura para bebês, crianças e adolescente. Inclusive, há estudos já realizados com a técnica em recém-nascidos que se encontram na UTI neonatal. Nesse cenário, o efeito do método é comprovado na prevenção, por exemplo, de hipoglicemia e infecção em recém-nascido de alto risco.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Acupuntura auxilia no tratamento de alergias

As alergias aparecem de repente e vão embora da mesma forma. Isso gera desequilíbrios no sistema imunológico de quem é alérgico. Por estimular o sistema nervoso, regular e harmonizar o funcionamento do organismo, um dos benefícios da acupuntura é a terapia para alergias.

Tratamento milenar e método da medicina chinesa, a acupuntura consiste na aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo para tratar doenças e promover a saúde. Ela age liberando analgésicos naturais na corrente sanguínea, e, por isso, interrompe a assimilação de dor ou incômodo enviada ao sistema nervoso central.

O tratamento para as alergias é efetivo porque “seus efeitos são duradouros e muito mais seguros que os trazidos pelos medicamentos que, muitas vezes, deixam de ter efeito com o passar do tempo”, afirma Tylá Pilloto, naturóloga e acupunturista, para o site Acupunturista.

Energia dos meridianos
O corpo têm meridianos (nome dado aos canais de energia do organismo, pela Medicina Tradicional Chinesa) que, desequilibrados, afetam os órgãos. Segundo Luiz Alberto Bittencourt, acupunturista, a asma brônquica, por exemplo, é caracterizada por dispnéia e sibilos, que são, respectivamente, a falta de ar e alguns ruídos nasais semelhantes a assobios. “Na visão da Medicina Tradicional Chinesa, esses sinais e sintomas (alérgicos) estão relacionados ao pulmão, baço e rim. Devido essa relação de energia, a asma pode ser prolongada. O rim fica enfraquecido e pode tornar-se incapaz de receber a energia do pulmão”, explica.

Por meio de uma avaliação são descobertos os meridianos afetados de cada paciente, pois cada caso varia. “Frequentemente, a acupuntura é utilizada durante uma crise de asma. Existem os pontos específicos que são ligados a esses meridianos, do pulmão, baço e rim”, explica Bittencourt. Ele ressalta que o tratamento é destinado ao alívio da dispneia. Isso provoca o declínio da energia do corpo e, consequentemente, a dispersão dela para o pulmão. Assim, essa energia fluirá naturalmente, eliminando a mucosidade.

Também varia o número de sessões para cada pessoa. De acordo com Bittencourt, o tratamento é feito com cerca de 10 sessões e, com a melhora do paciente, as aplicações com agulhas são intercaladas. Quanto à cura das alergias, o acupunturista indica fatores inter-relacionados, como a qualidade da alimentação do paciente.

Além dos benefícios físicos, a acupuntura têm um comprometimento emocional. Conforme a interpretação oriental, o ser humano é um “complexo”, onde tudo está interligado e, por isso, o corpo, a mente e o espírito não podem ser tratados separadamente. No caso, os órgãos ligados às alergias tratam a percepção dos sentimentos. “Do pulmão é a tristeza, do rim é o medo e do baço a alegria”, afirma Luiz Alberto Bittencourt.

Moxabustão

Moxabustão é uma espécie de acupuntura térmica, com longo tempo de aplicação do fogo sob a pele, feita pela combustão das ervas Artemisia sinensis e Artemisia vulgaris. O estímulo de alguns pontos do corpo oferece calor e energia para o resto da estrutura. “A moxa é indicada para as doenças provocadas pelo frio e pela umidade, e para situações com deficiência de energia. O calor produz vasodilatação, efeito antiinflamatório e analgésico”, segundo o artigo Acupuntura e Moxabustão no Shang Han Za Bing Lun, do chinês Haosheng Zhang.

De acordo com Sara Calabro, acupunturista da página “Acupuntura Chinesa Harmonia e Saúde”, esses pontos também podem ser tocados como se fossem as agulhas da acupuntura, seguindo o mesmo raciocínio dos meridianos. “Tudo o que precisamos é de sete dedos e um pouco de concentração e coordenação”, esclarece.

Os pontos estimulados (seis no rosto e um na parte interna do pé) não substituem a prática real da acupuntura, mas são medidas preventivas e paliativas para diminuir os sintomas alérgicos. “Pode prolongar os efeitos do tratamento, de modo que você é capaz de dar mais tempo entre as consultas. Muito útil como um remédio no local para ataques de alergia repentinas”, afirma Sara Calabro.

Esse estímulo pode ser realizado com a pressão dos dedos em cada meridiano. Após apertar os pontos, o alérgico deve massagear em movimentos circulares. “O círculo precisa ser bem reduzido, mantendo uma firme pressão o tempo todo”, explica o acupunturista Carlos Alberto Rey, para o site Minhavida.

Pesquisa

Um estudo de 2013 avaliou 422 pessoas que sofriam de alergias. Realizado em Berlim, na Universidade de Charité, os participantes submetidos a sessões de acupuntura declararam um maior alívio de sintomas alérgicos. Eles foram separados em grupos e sujeitos a 12 sessões reais e outras falsas de acupuntura, além dos que receberam apenas remédios.

O estudo não conseguiu esclarecer precisamente como o efeito da acupuntura ocorre sobre o sistema imunológico. Mas, Benno Brinkhaus, coordenador da pesquisa, diz, segundo a revista Veja (09/2012), que a terapia com agulhas é uma possibilidade para quem sofre de alergias e, por alguma razão, não se dá bem com remédios.

Em um período posterior aos procedimentos, os autores da pesquisa observaram que os efeitos da terapia não são eficientes a longo prazo. Para a acupunturista Karolina Widerki, a acupuntura também pode ser feita para obter uma prevenção, pois ela consegue “restabelecer a energia”, ao ponto do paciente não ter mais crises alérgicas.

Fonte: http://portaldonic.com.br/jornalismo/2017/05/30/acupuntura-auxilia-no-tratamento-de-alergias/

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Acupuntura para ansiedade funciona e promove melhora da qualidade de vida

Com o estilo de vida atual têm sido desenvolvidos diversos problemas psicológicos, como transtorno depressivo, ansioso, bem como altos índices de estresse. São muitas as formas de tratar este tipo de problema, mas o que muita gente não sabe é que a acupuntura pode contribuir significativamente para eles.

Muitos transtornos psicológicos e problemas emocionais estão relacionados com o aparecimento de sintomas físicos, além dos propriamente psicológicos, pois corpo e mente são entidades integradas. Veja quais são os sintomas relacionados à ansiedade:

- Sintomas cognitivos: falta de memória, dificuldade de concentração e atenção, pensamentos intrusivos e negativos;

- Sintomas emocionais: alteração do humor, irritabilidade, intolerância, agressividade, frustração, desmotivação, apatia e agitação;

- Sintomas físicos: taquicardia, formigamento, dificuldade de respiração, dor muscular, dor de cabeça, insônia, alteração do apetite (para mais ou para menos), problemas gastrointestinais, queda de cabelo, alteração da imunidade, infecções, cansaço, problemas de pele, entre outros.

-Benefícios da acupuntura para ansiedade

A acupuntura é uma terapia milenar com base na Medicina Tradicional Chinesa, que tem como princípio fundamental o fato de que a saúde é o equilíbrio entre corpo e mente, tal equilíbrio é alcançado quando há fluxo suave do corpo e da energia, de forma contrária surgem sintomas em diversos níveis, inclusive ansiedade.

Uma das técnicas é a utilização de pequenas agulhas que são inseridas suavemente em pontos específicos do corpo, capazes de regular as funções que estão em desequilíbrio, assim, a acupuntura trata um problema mental a partir de estimulação física.

Portanto, assim como a psicologia, a acupuntura entende que corpo e mente estão integrados, além disso, a ansiedade é um quadro que mostra tal interação, uma vez que possui sintomas tanto físicos como psicológicos, como já fora visto anteriormente.

Com isso, é compreensível que a acupuntura possa trazer benefícios no tratamento de transtornos ansiosos, já que esta terapia busca restabelecer o equilíbrio. Veja os benefícios:
- Estimulação de produção de endorfina e serotonina;
- Promoção de equilíbrio físico;
- Redução da tensão muscular;
- Redução de dores musculares e dores de cabeça;
- Auxílio na regulação gastrointestinal;
- Relaxamento (o que ajuda a reequilibrar a frequência cardíaca);
- Reeducação e percepção da respiração (o que promove mais calma e tranquilidade);
- Autoconhecimento (pois a ativação de pontos que eram imperceptíveis passam a ser sentidos pelo paciente);
- Aumento da eficácia de medicamentos;
- Senso de autocuidado.

É importante referir que cada pessoa de adapta a um tipo de terapia, podendo então a acupuntura apresentar resultados bem-sucedidos ou não ao paciente com ansiedade.

Há diversos estudos científicos da área médica e da psicologia que demonstram eficácia da acupuntura para ansiedade no que se refere à redução e controle dos sintomas.

No entanto, é muito recomendável um trabalho interdisciplinar, isto é, promover um conjunto de tratamentos que inclua a psicoterapia, a acupuntura, mudança de hábitos de vida e em alguns casos, tratamento psiquiátrico.