segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Acupuntura também combate o estresse

Considerado uma "epidemia global” pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse afeta adultos e crianças, em todo o mundo. Nas últimas décadas, as pressões externas vindas da família, do meio social, do trabalho, da escola e até mesmo do meio ambiente aumentaram muito. A isso, somam-se as pressões decorrentes do elevado senso de responsabilidade, da autocrítica, das dificuldades fisiológicas e psicológicas que cercam o ser humano.

 Ansiedade ou depressão diante de uma mudança brusca no estilo de vida ou da exposição a um determinado ambiente são os principais gatilhos para o estresse. Suas causas geralmente estão ligadas a situações negativas. Mas situações positivas também podem desencadear o estresse. “O problema acontece quando esse estresse persiste por muito tempo”, alerta Tatiana Dumaresq, fisioterapeuta especialista em Acupuntura.


Ela destaca que o estresse aumenta a ocorrência de doenças, como distúrbio do sono, enxaqueca, gastrite, estomatite, prisão de ventre e até doenças cardiovasculares, em razão da contração de músculos e vasos sanguíneos, que desencadeiam o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. “O estresse também pode afetar o sistema imunológico, comprometendo as defesas do corpo e apresentando sintomas como a fraqueza das unhas e dos cabelos, o sistema nervoso, afetando o controle emocional, provocando irritação ou ansiedade, e o sistema endócrino, causando desequilíbrio hormonal”, acrescenta Tatiana.

Um recente estudo da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas confirmou a eficácia da Acupuntura ao tratar 20 adultos, 15 mulheres e cinco homens, de 27 a 65 anos, que apresentavam quadro de estresse. Após dez sessões individuais, semanais, de cerca de 50 minutos, constatou-se redução dos níveis de estresse em 75% dos casos. De acordo com Tatiana, a Acupuntura trata com sucesso uma série de doenças. O estímulo das agulhas, e de outros instrumentos que envolvem a Acupuntura, produz reações locais e sistêmicas.

“As agulhas agem pela via nervosa, provocando a liberação de substâncias como endorfina e serotonina, que têm poderes analgésicos, calmantes e antidepressivos que podem aliviar os sintomas de forma imediata ou progressiva, conforme as características de cada indivíduo”, destaca. Nesse sentido, o profissional de Acupuntura precisa fazer uma entrevista minuciosa para, então, poder identificar os eventuais desequilíbrios emocionais por meio da tradicional medicina chinesa.

Fonte: http://www.paranashop.com.br

domingo, 9 de dezembro de 2012

Acupuntura no SUS ajuda pacientes com dores sem solução e já está até na UTI

Em um ano, atendimentos pelo sistema público crescem 76%; agulhas já são usadas por médicos de várias especialidades, de ortopedistas a psiquiatras

As agulhadas usadas para aliviar a dor do motoqueiro ferido no trânsito e internado na UTI também são empregadas para tratar a perna da senhora que já passou por todos os médicos, sem resultados. Eles são exemplos de pacientes que estão entre os 1,2 milhão de atendimentos de acupuntura feitos no Sistema Único de Saúde (SUS) no último ano.De acordo com um levantamento inédito feito pelo Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA), o total de consultas realizadas em 2011 – tabulados por meio do banco de dados do Ministério da Saúde – representa um aumento de 76,4% comparado as 680 mil feitas no ano anterior.

O crescimento do chamado método alternativo gratuito tem a contribuição das mais variadas especialidades médicas, da ortopedia à psiquiatria. De forma pioneira, é utilizado até mesmo em meio ao maquinário das unidades de terapia intensiva (UTI), como conta Fernando Genschow, médico do CMBA e um dos autores da resolução nacional que estabeleceu, em 2006, as diretrizes da introdução da acupuntura no SUS.
“Acupuntura é neurociência. É um método muito versátil porque as agulhas promovem estímulos neurológicos repercutidos em todas as células do corpo”, afirma o especialista, que atua no Hospital do Distrito Federal.

“Por isso, no último ano introduzimos a técnica nas UTIs. Atendemos especialmente as vítimas de acidentes de trânsito, a maioria motociclistas, com múltiplos traumas no corpo.”Segundo Genschow, são dois objetivos principais que justificam o emprego das agulhas para pacientes que exigem cuidados intensivos: o alívio da dor, indicação que concentra a maior parte das pesquisas científicas sobre acupuntura, e melhora da função respiratória dos acidentados.

“Como o tratamento promove uma reprogramação cerebral isso repercute na melhora da respiração. A necessidade de um respirador artificial é a mais frequente para manter o paciente na UTI. Então, além de melhorar a qualidade de vida, a acupuntura também pode reduzir o tempo de internação. Lá na ponta, isso pode até reduzir os custos hospitalares”, completa o especialista.

Celeiro científico
 
Apesar da experiência na UTI do hospital do Distrito Federal, a maior parte da utilização das agulhas como parte do tratamento no SUS se dá em consultas de rotina, feitas em ambulatórios.

Para ter acesso, o paciente precisa ser encaminhado por um médico do serviço público. É neste contexto que as unidades de acupuntura acabam acumulando casos de pacientes cujas dores não têm solução. São os pessoas que já tentaram inúmeros tratamentos convencionais sem efeito esperado, como conta a dona de casa Maria Eni da Silva Santos, 46 anos, moradora de São Paulo.

“Sofri 10 anos seguidos por causa de uma dor nas costas que queimava, não me deixava levantar da cama e exigiu afastamento do trabalho (auxiliar administrativo)”, lembra.

“Fui tratada por ortopedistas, neurologistas e até psiquiatra. Há 3 anos, meu médico indicou a acupuntura. É um complemento da fisioterapia, mas já após a terceira sessão semanal pude respirar sem sentir dor”, conta ela, que voltou a trabalhar há 3 meses.Maria Eni é atendida no centro de acupuntura do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC), onde encontra outras pessoas que “já tentaram de tudo” até chegarem ao serviço coordenado pelo médico André Tsai.Os nossos pacientes vêm de todas as áreas do HC, desde o Instituto do Câncer até o Instituto Central. Também são referenciados por Unidades Básicas de Saúde (UBS) próximas ao hospital”, diz Tsai.

“Nossa equipe é formada por ortopedistas, fisiatras, neurologistas, psiquiatras e clínicos gerais que também são acupunturistas. É o que permite dar conta das mais variadas queixas, muitas que se estendem por anos”, define.

Dores, insônia , depressão , paralisias faciais e pneumonias estão entre os problemas dos 200 casos novos recebidos mensalmente no centro de acupuntura do HC. Eles também ajudam a formar o celeiro científico existente no local, já que – com o apoio dos estudantes de medicina que também atuam na unidade – são conduzidas pesquisas científicas para comprovar (ou não) a eficácia da acupuntura na melhora dos quadros clínicos mais variados.

Barreiras
 
Ampliar as comprovações científicas da indicação da acupuntura como tratamento é uma das barreiras para que mais unidades públicas ofereçam a prática. Por ora, os estudos científicos mais contundentes são internacionais e concentram-se no uso da acupuntura para o alívio da dor.

“Eu gostaria de ser estudada porque a acupuntura salvou a minha vida”, afirma a psicóloga Leila Strazza. Há 17 anos, ela teve um tumor na medula espinhal de por causa da cirurgia acabou na cadeira de rodas. “As agulhadas não só me fizeram voltar a andar, como me ajudaram com a depressão, com as dores e até melhoraram a qualidade da minha visão. Eu englobo todas as maravilhas que a acupuntura pode promover”, acredita ela que, de fato, é estudada pela equipe do HC.

Além das comprovações científicas, a acupuntura gratuita ainda é feita por apenas 500 médicos em todo País, o que indica que o acesso não é universal. Não só dos dados científicos precisam ganhar fôlego como também as vagas para acolher os pacientes, avalia o CMBA

Fonte: www.midianews.com.br

domingo, 2 de dezembro de 2012

Acupuntura alivia efeito colateral causado pela radioterapia

Tratamento reduz sensação de boca seca, que aparece devido à ação da radiação sobre as glândulas salivares
 
Cientistas do Reino Unido descobriram que a acupuntura é capaz de aliviar um efeito colateral muito comum causado pela radioterapia para câncer de cabeça e pescoço.

A pesquisa revela que o tratamento com agulhas reduz a sensação de boca seca, ou xerostomia, que aparece devido ao efeito da radiação sobre as glândulas salivares.

Cerca de meio milhão de pessoas em todo o mundo desenvolvem câncer de cabeça e pescoço a cada ano e, no momento, existem poucos tratamentos eficazes para a boca seca.

A xerostomia afeta a qualidade dos de vida dos pacientes, interferindo com gosto, mastigação, fala e sono. Soluções de curto prazo, tais como antissépticos bucais, géis e cremes dentais fornecem alívio, enquanto o tratamento com uma droga chamada pilocarpina tem seus próprios efeitos colaterais indesejados.

Médicos de sete centros de câncer no Reino Unido recrutaram 145 pacientes que sofrem de xerostomia induzida por radiação para um estudo que comparou a acupuntura com a educação sobre saúde bucal.

Os pacientes foram separados para receber sessões de acupuntura por 20 minutos a cada semana, durante oito semanas, ou para receber duas sessões de educação sobre higiene oral de uma hora, com um mês de intervalo. Quatro semanas após o final dos tratamentos, os pacientes foram trocados para receber a outra abordagem.

Os sintomas da xerostomia foram medidos objetivamente por meio de tiras de papel, chamados de tiras de Schirmer, que medem a quantidade de saliva na boca. Os pacientes também responderam a questionários que avaliaram o nível de secura da boca que els notaram.

Embora os pesquisadores tenham descoberto que não houve mudanças significativas na produção de saliva, os pacientes que receberam nove semanas de acupuntura foram duas vezes mais propensos a relatar melhora na boca seca do que os pacientes que receberam cuidados oral. Sintomas individuais também foram significativamente melhores no grupo que recebeu a acupuntura.

"O tempo teve um importante efeito sobre os sintomas-chave, com pacientes que receberam acupuntura mostrando uma resposta rápida, que se manteve durante várias semanas", afirma um dos autores do estudo Richard Simcock, do Sussex Cancer Centre.

Segundo os pesquisadores, mais estudos são necessários para refinar a técnica de acupuntura e descobrir como seu efeito dura muito tempo e se sessões de reforço podem ser necessárias. Mas eles acreditam que o tratamento poderia ser facilmente incorporado ao cuidado de pacientes com xerostomia.

Fonte: www.r7.com