Zumbido no ouvido é um problema que tira qualquer pessoa
do sério. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em torno de 28 milhões
de brasileiros sofrem de zumbido. O zumbido é frequentemente descrito
pelos pacientes como “um barulho nos ouvidos”, mas ele atua de forma e
intensidade diferentes em cada organismo. Pode surgir como apitos,
chiados, barulho de cachoeira ou roncos intermitentes, entre outras
queixas.
Segundo a fisioterapeuta Pérola Andrade, em um quadro
normal as vias auditivas captam a vibração dos sons gerados no ambiente e
os enviam na forma de impulsos elétricos para o cérebro. “O grande
obstáculo para o tratamento é descobrir o que leva à emissão
indiscriminada de impulsos, já que o zumbido não é uma doença, e sim um
sintoma”, revela. Excesso de cera, infecções e lesões do ouvido são
causas possíveis do problema. “Mas muitos outros fatores que
aparentemente não têm nada a ver podem dar origem a esse sintoma.
Desvios de coluna, alterações cardiovasculares, diabetes, disfunções da
articulação da mandíbula e consumo excessivo de cafeína, álcool e tabaco
são alguns deles”, afirma Pérola Andrade.
Cerca de 90% dos casos têm como causa principal a perda
auditiva. Embora atinja mais a terceira idade, o som incômodo pode
aparecer em qualquer faixa etária, em pessoas com audição normal ou não.
A fisioterapeuta destaca que a acupuntura, uma técnica milenar, faz
parte de uma das várias técnicas da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e
vem sendo amplamente utilizada em diversas áreas da saúde, inclusive no
tratamento complementar do zumbido. “Trata-se da inserção de agulhas,
através da pele, em acupontos específicos do corpo, situados ao longo de
trajetos predeterminados para produzir o efeito terapêutico desejado. O
objetivo da acupuntura é favorecer, através dos estímulos produzidos
pelas agulhas, a criação pelo organismo de condições internas para o
retorno de seu equilíbrio e o alívio de suas desordens, sem o emprego da
ingestão de drogas. Isso leva a outras vantagens, como a ausência de
efeitos colaterais”, completa Pérola.
Fonte: http://jmonline.com.br/novo/?noticias,7,SA%DADE,91530