terça-feira, 16 de julho de 2013

Enxaqueca: o que é e qual o poder das agulhas nas dores de cabeça

Cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca, um tipo de dor de cabeça que costuma vir acompanhada de intolerância à luz e náuseas. Este tipo de dor de cabeça pode acontecer em pessoas de qualquer idade, mas costuma manifestar-se principalmente em adolescentes e adultos jovens e afeta mais as mulheres do que os homens.

Algumas de suas possíveis causas ainda continuam indefinidas, mas sabe-se que existem alguns estimulantes que podem desencadear uma crise de enxaqueca, como estresse, insônia, chocolate, queijos fortes, embutidos, consumo excessivo de café e de bebidas alcoólicas, excesso de exercícios, orgasmo, fumo, alterações hormonais, alguns perfumes e o açúcar.

TRATAMENTO
O tratamento da enxaqueca leva em consideração as características da dor e a frequência das crises. O objetivo é suprimir os sintomas e evitar a incidência de novos eventos. Já está comprovado que mudanças no estilo de vida e evitar os gatilhos que disparam as crises são procedimentos não farmacológicos indispensáveis para a prevenção da enxaqueca, mas existem alternativas comprovadas cientificamente que podem controlar as crises de enxaqueca.

Uma pesquisa científica realizada pelo Departamento de Neurociência da Universidade de Padua, na Itália, e publicada pela Minerva Medica Edizioni, uma clássica editora italiana com mais de um século de existência, realizou um estudo com 100 pacientes que sofriam de enxaqueca há mais de um ano. Divididos em dois grupos, a pesquisa teve o objetivo de comparar a eficácia da acupuntura tradicional e o tratamento farmacológico.

Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos de 50 pacientes cada. Os doentes pertencentes ao grupo A (acupuntura) foram submetidos a 20 sessões de acupuntura, enquanto os doentes que pertenciam ao Grupo V (Valproato) foram submetidos ao tratamento com ácido valpróico (Depakin Chrono) e Rizatriptan. O índice de Midas (MI) que mede a severidade da dor de cabeça e o índice da dor presente (PI) que mede a intensidade da dor,foram registrados antes do tratamento (T0), em três (T1) e seis (T2) meses. Também foram registrados uma escala de pontuação da dor em seis pontos, além do acompanhamento da ingestão de Rizatriptan e outros eventos adversos ou colaterais nos pacientes.

RESULTADO
Oitenta e dois pacientes completaram o estudo (houve nove desistências em cada grupo). Em ambos os grupos, o Índice de Midas melhorou nos períodos de três (T1) e seis (T2) meses em que foi registrado. A intensidade da dor foi melhor nos primeiros três meses no grupo controlado farmacologicamente, mas a dor e a escala de pontuação foram melhores no Grupo A (acupuntura), em comparação à ingestão de Rizatriptan , após seis meses de tratamento (T2). A taxa de eventos adversos foi de 47,8% no grupo tratado farmacologicamente e de 0% no grupo tratado com acupuntura.

A conclusão dos cientistas é de que existe uma menor intensidade da dor com menor consumo de Rizatriptan em seis meses de tratamento, sem eventos adversos em pacientes de acupuntura em comparação com aqueles tratados apenas com ácido valpróico.

Para o Dr. Márcio De Luna, acupunturista e fisioterapeuta há 29 anos, “esta pesquisa é mais uma evidência importante de que a acupuntura traz resultados significativos para quem sofre de enxaqueca e dores de cabeção crônicas e até hoje não encontrou uma solução”. Segundo Luna, é importante que o paciente procure utilizar a acupuntura e outros métodos da medicina tradicional chinesa como complemento ao tratamento farmacológico tradicional, não abandonado a consulta a um neurologista. “Juntas, a medicina tradicional e a medicina chinesa são melhores do que cada uma separadamente, trazendo mais vantagens e mais saúde principalmente”, completa. 


Fonte: http://www.pautas.incorporativa.com.br/a-mostra-release.php?id=20308