sexta-feira, 22 de março de 2013

Acupuntura e ciência entrelaçadas

A acupuntura tem milhares de anos de existência e é um dos cinco pilares da medicina tradicional chinesa (MTC). Seu tratamento emprega agulhas, que são inseridas em certos pontos do corpo humano para aliviar doenças e dores.

As bases teóricas e filosóficas da acupuntura foram formuladas há 2.000 anos, dentro da estrutura da MTC. No centro disso está à imagem da força vital do corpo, também chamada de energia vital, ou “qi” em chinês, no qual tudo na vida está baseado.

A energia vital está sempre em movimento. Isto inclui as funções dos órgãos internos e os ritmos do corpo, como a respiração, a digestão, o sistema imunológico e a ação dos músculos.

Semelhante a um rio que corre numa paisagem, os meridianos de energia intercruzam-se pelo corpo e o abastecem de energia vital. Ao longo desses meridianos encontram-se pontos de acupuntura, que podem ser usados para influenciar e regular o fluxo de energia do corpo.

A energia (qi) de uma pessoa saudável flui harmoniosamente, é forte e está desimpedida.

De acordo com a MTC, as doenças surgem quando estes fluxos de energia são perturbados por um excesso ou deficiência de qi.

A pesquisa sobre a acupuntura fez alguns avanços, no entanto, sua eficácia é apenas explicada segundo as teorias ocidentais pela presença de adenosina, um composto responsável por muitas funções corporais, nos pontos de entrada da agulha. Assim, a acupuntura tem um efeito imediato no sistema imunológico e na percepção da dor.

Estudos já confirmaram os efeitos positivos da adenosina na redução da pressão arterial e do ritmo cardíaco. A adenosina também promove o sono, diminui a inflamação e pode interromper impulsos nervosos indesejáveis que desencadeiam a dor.

A acupuntura atua de forma distinta em diferentes indivíduos. Pesquisadores norte-americanos da Universidade de Rochester, Nova York, acharam uma possível explicação para a variação individual. 

Em seus experimentos em laboratórios, eles isolaram uma proteína chamada A1 que parece desempenhar um papel decisivo nos efeitos da acupuntura. Se o corpo não tem essa proteína, a eficácia da acupuntura é baixa.

No entanto, apesar das agulhadas poderem restaurar o fluxo de energia equilibrado e consequentemente harmonizar a saúde, o Ocidente ainda mostra-se pouco convencido dos resultados desta arte milenar, que gradualmente vai ganhando receptividade.

Na antiga China, muitos renomados médicos possuíam habilidades em acupuntura, mas eles tinham outra coisa em comum: segundo registros antigos, eles eram cultivadores budistas ou taoístas. Estes indivíduos eram dotados de grande sabedoria e tinham faculdades sobrenaturais que lhes permitiam diagnosticar e tratar doenças.

Fonte: http://www.epochtimes.com.br/acupuntura-e-ciencia-entrelacadas/