Somente no Brasil, estima-se que aproximadamente 37% da população sofre com algum tipo de dor crônica. Esse quadro fica ainda pior quando consideramos que quase metade dessas pessoas que têm dor também pode desenvolver depressão, já que ela está ligada à emoção e ao senti-la são desencadeadas algumas alterações no sistema nervoso central.
Para o tratamento da dor, além dos medicamentos analgésicos e antiinflamatórios, a Acupuntura, terapia criada há mais de três mil anos na China e, desde 1995, é reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Atualmente, o SUS - Sistema Único de Saúde - e os planos de saúde fornecem essa opção de tratamento aos usuários, tem se mostrado cada vez mais eficaz para tratar, controlar e até mesmo eliminar as dores crônicas.
Existem alguns tipos de dores mais comuns, como síndrome dolorosa miofascial, dores lombares e músculo-esqueléticas, tendinites, dores nas articulações fibromialgia, dor da hérnia de disco, dores oncológicas e neuropáticas. Há ainda os variados tipos de enxaquecas, ocasionados pelo estresse, mudanças hormonais (TPM), ingestão de alimentos gordurosos e/ou lácteos, jejuns prolongados, mudanças bruscas de temperatura, dentre outros fatores.
Já algumas dores são oriundas de problemas posturais ou devido ao excesso de peso, sedentarismo, lesões pelo uso repetitivo de celulares, computadores e maquinários, no caso de pessoas que trabalham na indústria.
O mecanismo de ação da Acupuntura funciona a partir da inserção da agulha que estimula terminações nervosas presentes na pele e nos tecidos subjacentes, principalmente nos músculos. Por meio desses esses estímulos que seguem pelos nervos periféricos até o sistema nervoso central (medula e cérebro), onde são liberadas diversas substâncias químicas conhecidas como neurotransmissores que desencadeiam uma série de efeitos importantes, tais como, analgésico, antidepressivo, antiinflamatório, ansiolítico e relaxante muscular, além de uma ação moduladora sobre as emoções, os sistemas endócrino e imunológico e sobre várias outras funções orgânicas do paciente.
Os pacientes que sofrem com dor e utilizam a Acupuntura como opção de tratamento fazem menos uso de medicação, têm menos crises e, por conseqüência, mais qualidade de vida. Além disso, a Acupuntura proporciona melhora em outros aspectos como, por exemplo, do sistema imunológico, harmonização do estado emocional do paciente e melhor disposição mental e física.
É conveniente ressaltar que aliado ao tratamento com Acupuntura, o paciente deve desenvolver hábitos alimentares saudáveis, praticar exercícios, na medida do possível, e manter um equilíbrio entre o trabalho e o descanso.
Em geral, aconselha-se iniciar o tratamento com uma ou duas sessões por semana e adequar esse número de acordo com a evolução do tratamento. A melhora, muitas vezes, é notada imediatamente, isto é, logo após a sessão. Conforme os dias vão passando, a dor crônica tende a voltar. Mas, geralmente, a partir da décima ou décima - segunda sessões nós podemos constatar uma melhora significativa das dores, diminuindo o consumo de medicamentos para dor e melhorando a qualidade de vida do paciente.
Fonte: https://www.segs.com.br/saude/198273-acupuntura-para-o-tratamento-da-dor-cronica
terça-feira, 22 de outubro de 2019
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
Qual a eficácia da acupuntura na angina crônica estável?
Qual a eficácia e segurança do uso da acupuntura como terapia adjuvante para tratamento da angina crônica estável? Para buscar responder essa pergunta, um grupo de pesquisadores da Escola de Acupuntura e Tuina, da Universidade Chengdu de Medicina Tradicional Chinesa, desenvolveu um estudo clínico multicêntrico e randomizado, que avaliou esta técnica como terapia adjuvante para tratamento antianginoso e redução de frequência de episódios anginosos em pacientes com angina estável crônica.
Acupuntura na angina estável
Angina estável crônica é o principal sintoma da isquemia miocárdica e está associada a um maior risco de eventos cardiovasculares e morte súbita de origem cardíaca. Esta enfermidade afeta mais de 3,4 milhões de adultos acima de 40 anos por ano. O tratamento farmacológico atual se baseia em prevenir os episódios anginosos, controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida e prevenção de eventos cardiovasculares.
Métodos do estudo
A pesquisa clínica randomizada teve duração de 20 semanas com pacientes externos e internos dos centros clínicos da China entre outro de 2012 a set de 2015, totalizando 404 participantes entre 35 e 80 anos com angina estável crônica com base no critério diagnostico do Colégio Americano de Cardiologia e Associação Médica do Coração, com angina com frequência de três vezes por semana, que foram divididos em quatro grupos:
Grupo 1: Os pacientes deste grupo receberam acupuntura no meridiano afetado pela enfermidade anginosa. Os pontos escolhidos para esse grupo foram CS 6 (circulação e sexo 6) e TA5 (triplo aquecedor 5) bilateralmente. Acupontos relacionados com o meridiano do coração e do pericárdio. Foi realizado estimulo manual na inserção das agulhas para produção do deqi (sensação de choque, irradiação ou distensão). Foi colocado também uma agulha auxiliar a 2 mm do acupunto escolhido e com 2 mm de profundidade sem estímulo manual. Este método ajudar a direcionar os estímulo elétrico para o acuponto. Por fim foi realizado estimulação elétrica de 2Hz com intensidade de 0,1 a 2,0 mA (Modelo LH200A, HANS therapy Co).
Grupo 2: Os pacientes deste grupo foram tratados com acupuntura em acupontos não afetados pelo meridiano. Foram escolhidos as acupuntos P9 e P6 (ambos do meridiano do pulmão). Foi realizado estimulo manual na inserção das agulhas para produção do deqi (sensação de choque, irradiação ou distensão). Foi colocado também uma agulha auxiliar a 2 mm do acupunto escolhido e com 2 mm de profundidade sem estímulo manual. Este método ajudar a direcionar os estímulos elétricos para o acuponto. Por fim foi realizado estimulação elétrica de 2Hz com intensidade de 0,1 a 2,0 mA (Modelo LH200A, HANS therapy Co).
Grupo 3: Os pacientes desse grupo foram submetidos ao tratamento placebo de acupuntura. Foram usados 2 pontos padrões placebos como realizado em estudo prévio, sem estimulação manual e sem eletroacupuntura.
Grupo 4: Os pacientes de grupo não foram expostos ao tratamento de acupuntura.
Todos os participantes dos quatro grupos receberam a terapia antianginosa de acordo com as recomendações dos guidelines. Participantes dos grupos 1, 2 e 3 receberam tratamento com acupuntura três vezes na semana por quatro semanas, sendo submetidos cada um por um total de 12 sessões. Os participantes do grupo 4 não receberam acupuntura durante as 16 semanas do período estudado. A acupuntura foi realizada por acupunturistas com mais de três anos de experiência. Os participantes fizeram uso de anotações em diários para relembrar os episódios anginosos. O desfecho primário foi a mudança de frequência dos ataques anginosos durante as quatro semanas dentro das 16 semanas.
Os seguintes critérios de inclusão foram utilizados: participantes do sexo feminino ou masculino entre 35 e 80 anos, apresentando angina por mais de 3 meses com episódios anginosos ocorrendo no mínimo duas vezes por semana. Já os critérios de exclusão foram: pacientes com as seguintes condições foram excluídos do estudo: infarto do miocárdio prévio, insuficiência cardíaca grave, doença cardíaca valvar, arritmias graves, fibrilação atrial, cardiomiopatia primaria, transtornos psiquiátricos, alérgicos ou discrasias sanguíneas, diabéticos e hipertensos descompensados, outras doenças primarias grave sem controle adequado, doença cardíaca tratada com acupuntura nos últimos 3 meses, gestante ou lactante ou estar participando de outras pesquisas clínicas.
Resultados
Total de 398 participantes (253 mulheres e 145 homens foram incluídos analise de dados com intenção de tratamento. As principais mudanças de frequências de episódios anginosos variaram bastante entre os 4 grupos durante as 16 semanas. Uma maior redução foi observada no grupo 1 quando comparado com o grupo 2, 3 e 4 . Portanto, a grupo 1 apresentou um tratamento adjuvante superior na angina estável crônica.
Conclusão
A acupuntura foi realizada de forma segura em pacientes com leve a moderada angina estável crônica. Quando comparado com os grupos 2,3 e 4, o grupo 1 que recebeu acupuntura como tratamento adjuvante apresentou maiores benefícios dentro das 16 semanas, como pode ser observado na figura 2. Deste modo, a acupuntura pode ser considerada com uma opção terapêutica adjuvante para alivio de angina em pacientes com angina estável crônica.
Pesquisa clínica randomizada
O que significa uma pesquisa clinica randomizada? Dos vários tipos de estudos experimentais, o de uso mais frequente, uma vez que proporciona evidências mais fortes, é o ensaio clínico randomizado (ECR). A alocação dos sujeitos de pesquisa pode ser de forma aleatória (randomizada) ou não aleatória. Os ensaios clínicos são estudos nos quais um grupo de interesse em que se faz uso de uma terapia ou exposição é acompanhado comparando-se com um grupo controle bibliografia.
Acupuntura na angina estável
Angina estável crônica é o principal sintoma da isquemia miocárdica e está associada a um maior risco de eventos cardiovasculares e morte súbita de origem cardíaca. Esta enfermidade afeta mais de 3,4 milhões de adultos acima de 40 anos por ano. O tratamento farmacológico atual se baseia em prevenir os episódios anginosos, controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida e prevenção de eventos cardiovasculares.
Métodos do estudo
A pesquisa clínica randomizada teve duração de 20 semanas com pacientes externos e internos dos centros clínicos da China entre outro de 2012 a set de 2015, totalizando 404 participantes entre 35 e 80 anos com angina estável crônica com base no critério diagnostico do Colégio Americano de Cardiologia e Associação Médica do Coração, com angina com frequência de três vezes por semana, que foram divididos em quatro grupos:
Grupo 1: Os pacientes deste grupo receberam acupuntura no meridiano afetado pela enfermidade anginosa. Os pontos escolhidos para esse grupo foram CS 6 (circulação e sexo 6) e TA5 (triplo aquecedor 5) bilateralmente. Acupontos relacionados com o meridiano do coração e do pericárdio. Foi realizado estimulo manual na inserção das agulhas para produção do deqi (sensação de choque, irradiação ou distensão). Foi colocado também uma agulha auxiliar a 2 mm do acupunto escolhido e com 2 mm de profundidade sem estímulo manual. Este método ajudar a direcionar os estímulo elétrico para o acuponto. Por fim foi realizado estimulação elétrica de 2Hz com intensidade de 0,1 a 2,0 mA (Modelo LH200A, HANS therapy Co).
Grupo 2: Os pacientes deste grupo foram tratados com acupuntura em acupontos não afetados pelo meridiano. Foram escolhidos as acupuntos P9 e P6 (ambos do meridiano do pulmão). Foi realizado estimulo manual na inserção das agulhas para produção do deqi (sensação de choque, irradiação ou distensão). Foi colocado também uma agulha auxiliar a 2 mm do acupunto escolhido e com 2 mm de profundidade sem estímulo manual. Este método ajudar a direcionar os estímulos elétricos para o acuponto. Por fim foi realizado estimulação elétrica de 2Hz com intensidade de 0,1 a 2,0 mA (Modelo LH200A, HANS therapy Co).
Grupo 3: Os pacientes desse grupo foram submetidos ao tratamento placebo de acupuntura. Foram usados 2 pontos padrões placebos como realizado em estudo prévio, sem estimulação manual e sem eletroacupuntura.
Grupo 4: Os pacientes de grupo não foram expostos ao tratamento de acupuntura.
Todos os participantes dos quatro grupos receberam a terapia antianginosa de acordo com as recomendações dos guidelines. Participantes dos grupos 1, 2 e 3 receberam tratamento com acupuntura três vezes na semana por quatro semanas, sendo submetidos cada um por um total de 12 sessões. Os participantes do grupo 4 não receberam acupuntura durante as 16 semanas do período estudado. A acupuntura foi realizada por acupunturistas com mais de três anos de experiência. Os participantes fizeram uso de anotações em diários para relembrar os episódios anginosos. O desfecho primário foi a mudança de frequência dos ataques anginosos durante as quatro semanas dentro das 16 semanas.
Os seguintes critérios de inclusão foram utilizados: participantes do sexo feminino ou masculino entre 35 e 80 anos, apresentando angina por mais de 3 meses com episódios anginosos ocorrendo no mínimo duas vezes por semana. Já os critérios de exclusão foram: pacientes com as seguintes condições foram excluídos do estudo: infarto do miocárdio prévio, insuficiência cardíaca grave, doença cardíaca valvar, arritmias graves, fibrilação atrial, cardiomiopatia primaria, transtornos psiquiátricos, alérgicos ou discrasias sanguíneas, diabéticos e hipertensos descompensados, outras doenças primarias grave sem controle adequado, doença cardíaca tratada com acupuntura nos últimos 3 meses, gestante ou lactante ou estar participando de outras pesquisas clínicas.
Resultados
Total de 398 participantes (253 mulheres e 145 homens foram incluídos analise de dados com intenção de tratamento. As principais mudanças de frequências de episódios anginosos variaram bastante entre os 4 grupos durante as 16 semanas. Uma maior redução foi observada no grupo 1 quando comparado com o grupo 2, 3 e 4 . Portanto, a grupo 1 apresentou um tratamento adjuvante superior na angina estável crônica.
Conclusão
A acupuntura foi realizada de forma segura em pacientes com leve a moderada angina estável crônica. Quando comparado com os grupos 2,3 e 4, o grupo 1 que recebeu acupuntura como tratamento adjuvante apresentou maiores benefícios dentro das 16 semanas, como pode ser observado na figura 2. Deste modo, a acupuntura pode ser considerada com uma opção terapêutica adjuvante para alivio de angina em pacientes com angina estável crônica.
Pesquisa clínica randomizada
O que significa uma pesquisa clinica randomizada? Dos vários tipos de estudos experimentais, o de uso mais frequente, uma vez que proporciona evidências mais fortes, é o ensaio clínico randomizado (ECR). A alocação dos sujeitos de pesquisa pode ser de forma aleatória (randomizada) ou não aleatória. Os ensaios clínicos são estudos nos quais um grupo de interesse em que se faz uso de uma terapia ou exposição é acompanhado comparando-se com um grupo controle bibliografia.
terça-feira, 1 de outubro de 2019
Acupuntura em bebês e crianças melhora as cólicas e o sono
Muitas pessoas não sabem, mas a acupuntura pode ser aplicada em bebês dias após o nascimento. A técnica é utilizada há mais de dois mil anos e é segura, desde que seja aplicado por um médico profissional. Ela ajuda em diferentes momentos do crescimento infantil, prevenindo, por exemplo, as temidas cólicas, além de melhorar o sono e no tratamento de diversas doenças, como asma, dores de cabeça e rinite.
A técnica é baseada na Medicina Tradicional Chinesa que, em sua essência, é preventiva. Ou seja, há o claro pensamento que o mais importante é a prevenção das doenças e a manutenção da saúde e não o tratamento em si. Um famoso provérbio chinês, inclusive, resume bem esse modo de pensar, ao alegar que "esperar ter sede para cavar um poço pode ser tarde demais".
Mesmo assim, a infância segue sendo o único momento da vida em que a maioria das pessoas não se preocupa com a prevenção. E, depois dessa fase, uma parcela considerável da população costuma recorrer ao médico apenas quando já se está doente.
Quem pode fazer acupuntura em crianças?
Porém, antes de sair por aí em busca desses excelentes benefícios, há a necessidade que os pais ou responsáveis encontrem um profissional médico acupunturista e que tenha, obrigatoriamente, experiência em pediatria.
Isso porque, além de plenamente preparado para fazer o diagnóstico correto, esse profissional será o responsável por acompanhar a completa evolução da criança. Por isso, é imprescindível que ele tenha uma vivência em relação ao comportamento de recém-nascidos e bebês, já que há uma série de peculiaridades. Entre elas, estão o medo que as crianças possuem da agulha, o fato de estarem adoecidas e precisarem de diagnóstico médico e a anatomia e constituição emocional diferente do adulto.
Por exemplo, de nenhuma forma é indicado inserir agulhas nas fontanelas (moleiras) dos recém-nascidos e em áreas do tórax, pelo risco de iatrogenia (pneumotórax). Sendo assim, para que o método seja feito sem nenhuma preocupação ou risco, o médico deve ser amplamente capacitado, tendo condições de passar um diagnóstico correto da criança e a melhor terapêutica para aquela condição.
Como a acupuntura em bebês e crianças é feita
Embora a finalidade do tratamento seja basicamente a mesma realizada em um adulto, a Acupuntura para bebês e crianças tem suas distinções. Na prática, segue o protocolo de qualquer consulta pediátrica, com pesagem da criança, medição de crescimento e avaliação de eventuais exames.
Além disso, o profissional analisa duas regiões que revelam o estado de saúde, com base no critério da medicina oriental: a língua e a pulsação.
Ao iniciar o tratamento, a técnica respeita o limite que cada faixa etária consegue permanecer com as agulhas. Em geral, adultos permanecem entre 40 e 50 minutos. Adolescentes, um pouco menos, cerca de 30 minutos. Crianças de entre 4 a 8 anos, no máximo, de 15 a 20 minutos. Já bebês e crianças menores de três anos, não ultrapassa 10 minutos. É respeitada, porém, a tolerância de cada um, considerando questões como a personalidade, a doença em si ou o que se pretende prevenir. Conforme o vínculo entre o médico e a criança é criado e ela se acostuma, o tempo aumenta.
Outra diferença entre adultos e crianças se refere ao tamanho da agulha, que deve também ser adequado ao tamanho. A frequência no número de sessões e número de agulhas é outro aspecto importante, dependendo muito do estado de saúde e a doença de cada criança, além da gravidade e da cronicidade.
Em geral, na primeira consulta é colocado um número menor de pontos e a criança é consultada sobre a próxima sessão, sendo combinado o número de agulhas e o que será feito. Em geral, na 3ª sessão o benefício já é notado.
Normalmente, o retorno é semanal, porém, dependendo da doença e do estado da criança, são solicitados retornos mais curtos, como a cada dois dias, por exemplo. Essa medida ajuda a monitorar a regressão da doença.
Ainda pouco difundido no país, a Acupuntura infantil tem uma das suas principais bases o Hospital São Paulo, que abriga, há duas décadas, um serviço especializado em acupuntura para bebês, crianças e adolescente. Inclusive, há estudos já realizados com a técnica em recém-nascidos que se encontram na UTI neonatal. Nesse cenário, o efeito do método é comprovado na prevenção, por exemplo, de hipoglicemia e infecção em recém-nascido de alto risco.
A técnica é baseada na Medicina Tradicional Chinesa que, em sua essência, é preventiva. Ou seja, há o claro pensamento que o mais importante é a prevenção das doenças e a manutenção da saúde e não o tratamento em si. Um famoso provérbio chinês, inclusive, resume bem esse modo de pensar, ao alegar que "esperar ter sede para cavar um poço pode ser tarde demais".
Mesmo assim, a infância segue sendo o único momento da vida em que a maioria das pessoas não se preocupa com a prevenção. E, depois dessa fase, uma parcela considerável da população costuma recorrer ao médico apenas quando já se está doente.
Benefícios da acupuntura em bebês e crianças
De uma maneira geral, além do tratamento de doenças nas crianças, a acupuntura pode atuar na prevenção delas e também ser uma alternativa no uso de medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios.
A técnica consiste no uso de agulhas em pontos específicos do corpo, a fim de estimular a liberação de substâncias químicas na região. A proposta é recuperar os fluxos energéticos do organismo.
Além de doenças, há situações muito comuns à faixa etária pediátrica (de 0 a 12 anos) que podem ser tratadas, como a agitação em excesso, problema no ritmo de aprendizado e alimentação desregulada. A medicina chinesa entende que há uma agitação interna no corpo, que pode ser regulada por meio da acupuntura pela ativação de pontos.
Quanto às cólicas, mais comuns entre 0 e 3 anos, podem ser causadas por disfunções no baço pâncreas, associadas ao sentimento de preocupação, já que os pacientes infantis estão muito suscetíveis ao ambiente emocional familiar. Diante disso, em 90% dos casos a mãe da criança também é tratada.
De uma maneira geral, além do tratamento de doenças nas crianças, a acupuntura pode atuar na prevenção delas e também ser uma alternativa no uso de medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios.
A técnica consiste no uso de agulhas em pontos específicos do corpo, a fim de estimular a liberação de substâncias químicas na região. A proposta é recuperar os fluxos energéticos do organismo.
Além de doenças, há situações muito comuns à faixa etária pediátrica (de 0 a 12 anos) que podem ser tratadas, como a agitação em excesso, problema no ritmo de aprendizado e alimentação desregulada. A medicina chinesa entende que há uma agitação interna no corpo, que pode ser regulada por meio da acupuntura pela ativação de pontos.
Quanto às cólicas, mais comuns entre 0 e 3 anos, podem ser causadas por disfunções no baço pâncreas, associadas ao sentimento de preocupação, já que os pacientes infantis estão muito suscetíveis ao ambiente emocional familiar. Diante disso, em 90% dos casos a mãe da criança também é tratada.
Quem pode fazer acupuntura em crianças?
Porém, antes de sair por aí em busca desses excelentes benefícios, há a necessidade que os pais ou responsáveis encontrem um profissional médico acupunturista e que tenha, obrigatoriamente, experiência em pediatria.
Isso porque, além de plenamente preparado para fazer o diagnóstico correto, esse profissional será o responsável por acompanhar a completa evolução da criança. Por isso, é imprescindível que ele tenha uma vivência em relação ao comportamento de recém-nascidos e bebês, já que há uma série de peculiaridades. Entre elas, estão o medo que as crianças possuem da agulha, o fato de estarem adoecidas e precisarem de diagnóstico médico e a anatomia e constituição emocional diferente do adulto.
Por exemplo, de nenhuma forma é indicado inserir agulhas nas fontanelas (moleiras) dos recém-nascidos e em áreas do tórax, pelo risco de iatrogenia (pneumotórax). Sendo assim, para que o método seja feito sem nenhuma preocupação ou risco, o médico deve ser amplamente capacitado, tendo condições de passar um diagnóstico correto da criança e a melhor terapêutica para aquela condição.
Como a acupuntura em bebês e crianças é feita
Embora a finalidade do tratamento seja basicamente a mesma realizada em um adulto, a Acupuntura para bebês e crianças tem suas distinções. Na prática, segue o protocolo de qualquer consulta pediátrica, com pesagem da criança, medição de crescimento e avaliação de eventuais exames.
Além disso, o profissional analisa duas regiões que revelam o estado de saúde, com base no critério da medicina oriental: a língua e a pulsação.
Ao iniciar o tratamento, a técnica respeita o limite que cada faixa etária consegue permanecer com as agulhas. Em geral, adultos permanecem entre 40 e 50 minutos. Adolescentes, um pouco menos, cerca de 30 minutos. Crianças de entre 4 a 8 anos, no máximo, de 15 a 20 minutos. Já bebês e crianças menores de três anos, não ultrapassa 10 minutos. É respeitada, porém, a tolerância de cada um, considerando questões como a personalidade, a doença em si ou o que se pretende prevenir. Conforme o vínculo entre o médico e a criança é criado e ela se acostuma, o tempo aumenta.
Outra diferença entre adultos e crianças se refere ao tamanho da agulha, que deve também ser adequado ao tamanho. A frequência no número de sessões e número de agulhas é outro aspecto importante, dependendo muito do estado de saúde e a doença de cada criança, além da gravidade e da cronicidade.
Em geral, na primeira consulta é colocado um número menor de pontos e a criança é consultada sobre a próxima sessão, sendo combinado o número de agulhas e o que será feito. Em geral, na 3ª sessão o benefício já é notado.
Normalmente, o retorno é semanal, porém, dependendo da doença e do estado da criança, são solicitados retornos mais curtos, como a cada dois dias, por exemplo. Essa medida ajuda a monitorar a regressão da doença.
Ainda pouco difundido no país, a Acupuntura infantil tem uma das suas principais bases o Hospital São Paulo, que abriga, há duas décadas, um serviço especializado em acupuntura para bebês, crianças e adolescente. Inclusive, há estudos já realizados com a técnica em recém-nascidos que se encontram na UTI neonatal. Nesse cenário, o efeito do método é comprovado na prevenção, por exemplo, de hipoglicemia e infecção em recém-nascido de alto risco.
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