Estresse,
transtornos de pânico, insônia e obesidade são alguns dos problemas
diretamente relacionados a um mal comum na sociedade moderna: a
ansiedade. Estima-se que, no Brasil, haja cerca de 15 milhões de
brasileiros adultos suportando sofrimentos mais graves relacionados à
ansiedade. São pessoas que têm desde crises de tontura, diarreia e dor
no peito, como também aquelas que amargam a mais completa paralisação e
pânico diante de qualquer situação que lhes pareça ameaçadora.
De acordo com a fisioterapeuta Karla Chebel, a pessoa ansiosa costuma
criar expectativas pessimistas desnecessárias sobre acontecimentos
futuros, querendo, geralmente, resolver as situações antecipadamente.
"As preocupações são intensas, duradouras e frequentes e, infelizmente,
esse é um mal que vem crescendo. A competição por melhores cargos no
emprego e a vida pessoal atribulada são alguns dos fatores que aumentam a
preocupação de quem já sofre do problema. Outro problema associado à
ansiedade é o transtorno do pânico. Seus sintomas aparecem de forma
brusca. O indivíduo está tranquilo e, de repente, imagina que
determinada situação é ameaçadora. Passa a ter sintomas como falta de ar
e tontura. O episódio dura cerca de dez minutos. Ele pode sentir medo
de ficar sozinho em casa e, por isso, toda vez que se vê nessa
circunstância, entra em pânico. As crises costumam se repetir com
frequência. Quando em estágio avançado, o pânico leva a pessoa a evitar
até mesmo ir ao trabalho", destaca.
A principal recomendação é procurar o médico já a partir da primeira
manifestação. Karla ressalta que as fobias também estão relacionadas à
ansiedade. São medos irracionais, exagerados e persistentes de
situações, objetos e animais. Há quem tenha fobia de sangue, avião,
doenças, entre outras. "A ansiedade também está por trás do Transtorno
Obsessivo Compulsivo (TOC). O indivíduo tem imagens ou ideias repetidas e
começa a apresentar atitudes para afastar os pensamentos. Ele cria
rituais como, por exemplo, levantar-se várias vezes da cama à noite para
verificar se a porta está trancada", informa.
Dependendo do caso, são indicadas terapias, tratamentos
medicamentosos, mas há ainda alternativas que, em longo prazo, podem
trazer soluções mais duradouras à ansiedade e seus efeitos nocivos.
"Através das agulhas, a acupuntura atua sobre determinadas terminações
nervosas do corpo e o estímulo é levado até o cérebro. Lá, acontece uma
liberação de serotonina, que inibe ansiedade e até mesmo as crises de
pânico. Por meio dessa técnica milenar, é possível também tratarmos a
insônia e a obesidade, que muitas vezes são queixas comuns da pessoa
ansiosa. O tratamento consiste na acupuntura sistêmica, aplicada em todo
o corpo, e/ou auricular, quando se utiliza de pontos localizados na
orelha que correspondem a órgãos e funções do corpo", explica a
fisioterapeuta Karla Chebel.
Fonte: www.jmonline.com.br